13 de jul. de 2018

em são paulo
primeiras vozes: vozes, versos
(edição especial)







hipnose para um incêndio,
de rita medusa


19 de julho, às 20h | Cemitério de Automóveis: Rua Frei Caneca, 384 – Consolação




em caxias do sul
misterioso sul:
org. dinarte albuquerque filho







no rio de janeiro
água,
de hilver cunha


Um recurso natural que vem caminhando para a escassez nos dias atuais
é o fio condutor do romance de realismo fantástico

Água (Editora Chiado),  estreia literária do psicólogo e escritor Hilber Cunha

Lançamento no dia 19 de julho, às 19 horas, na Livraria Argumento - Leblon

A sociedade, como conhecíamos há muito, já não existe mais. A água, que antes era um recurso abundante, acabou. Tornou-se então um bem pela qual a humanidade passou a matar para consegui-la. A fome, doenças e a violência do ser humano dizimaram quase toda a população. Os que sobraram se dividiram entre aqueles que viviam nas chamadas fortalezas, com acesso à água e comida, sob a proteção de integrantes do "Polícia do Governo" e dos "Mercenários", e os nômades que viviam em ambiente desolador, em volta de algum poço cavado por eles próprios. Neste ambiente de fábula política e de revolução se desenrola a trama, em forma de saga, na busca por encontrar uma fonte de água tida por inesgotável, que acaba por se revelar como sendo o "Aquífero Guarani".

Nascido nessa realidade, o personagem do jovem Aato, logo cedo, teve que deixar sua vila nativa devido ao esgotamento do poço que os abastecia. Vagando sem rumo, decidiu se aproximar de um pequeno povoado; e imaginou ser seu fim quando um golpe contundente em sua cabeça o fez desmaiar.  Ao contrário, foi o começo de algo muito maior que poderia supor. O início da busca pela construção de uma nova sociedade, com novas bases. O personagem do velho conhecido como Dalgamir o toma por herdeiro de seus conhecimentos e o leva a participar dos eventos modificariam para sempre aquela realidade.

Sobre o mote que marca o início de sua história, Hilber Cunha explica: "A ideia de alguém acordando no leito seco de rio era algo que me vinha todos os dias à cabeça. Eu tenho pessoalmente uma grande preocupação com a questão hídrica. E hoje, curiosamente, sei de cor a localização de quase todos os aquíferos do mundo". Quando o personagem Dalgamir sai junto com os personagens de Aato e Ana, eles vão seguindo um velho mapa de Dalgamir que os levaria até o "Aquífero Guarani". Seria um local definitivo e seguro, muito longe das Fortalezas do Centro e do Norte, onde eles não seriam mais importunados. No meio do caminho, encontram uma aldeia liderada pelo ex-chefe da polícia da Fortaleza do Centro, personagem de Loruan, que se autodestrói através de uma guerra civil interna. A partir daí, Loruan lidera um grupo de sobreviventes até uma nova fonte de água, onde estabelecem a vila. O grupo de Loruan então faz amizade com Dalgamir e eles chegam ao "Aquífero Guarani", mas observam que o lugar está deserto, abandonado. Eles, então, voltam e combinam com Loruan que vão buscar o povo deles e que iriam juntos de volta para o Aquífero.

Ambientado num tempo impreciso, o romance ficcional mistura fatos e locais reais. Na história de um povo em busca de fontes de água e da construção uma nova sociedade, o autor desenvolve e constrói conflitos, traições, heróis, violões, personagens pedófilos, histórias de amor, de união e de renúncia, que somam ingredientes que alimentam a trama, desenvolvida em grande parte do livro em até quatro ambientes simultaneamente. 
"Demorei mais ou menos dois anos pra escrever esse romance. Por ele ser um livro com um contexto muito elástico, com acontecimentos simultâneos, era preciso um estudo muito grande de coerência cronológica e literária. A história precisava convergir para um final. A narrativa e a cronologia precisavam estar em sintonia. Muita coisa eu fui ajeitando durante a escrita", destaca Hilber.

Num ano como 2018, de eleições majoritárias, o livro Água é também um instrumento político do autor em busca de defender seus próprios ideais e as ideias de seus personagens na obra. "O que mais há de mim nesse livro é a questão revolucionária. A nossa classe política é apodrecida e o grupo político dominante podre no meu livro vai ser abatido", dá spoiler o autor.

Sobre Hilber Cunha
Nascido em fevereiro de 1964, Hilber graduou-se em psicologia  em 1988.  Entre 1988 e 1991, morou em Nova York. Após voltar ao Brasil, participou como membro da equipe de produção de algumas edições da Bienal do Livro, entre outras, as atividades realizadas. Por fim, retornou para a profissão de psicólogo, pós-graduou-se em Gestalt Terapia, atividade que divide com a de criar histórias. Hoje, aos 54 anos, pai de três filhas, ele acaba de lançar o seu primeiro livro.

Título: Água
Editora: Chiado
Autor: Hilber Cunha
Páginas: 479
ISBN: 978-989-52-2394-7
Preço: R$ 46,00

Serviço lançamento:
Data: 19 de julho, quinta-feira
Horário: 19 h
Local: Livraria Argumento
Rua Dias Ferreira, 417 - Leblon

Assessoria de Imprensa
George Patiño (21) 98758-7282 | 2512-3244 |  george.patino71@gmail.com
Nani Santoro   (21) 99855-1939 | nanisantoro@uol.com.br




laboratório da palavra/pacc
mulheres que escrevem,
com rita isadora pessoa, stephanie borges e
ana carolina assis







vivência literária — laboratório de leitura
e escrita do romance, com marcelo maluf


Sábado, dia 21 de julho, das 10h às 17h, acontece no Instituto Estação das Letras (R. Marquês de Abrantes, 177 - Flamengo) o workshop Vivência Literária — Laboratório de Leitura e Escrita, com o escritor Marcelo Maluf.

O professor, autor, entre outros, de Esquece tudo agora (Terracota, 2012) e do infantil As mil e uma histórias de Manuela (Autêntica, 2013), propõe uma reflexão sobre o ato de escrever, particularmente, no que diz respeito à prosa de ficção. 

Os participantes serão estimulados a produzir textos, discuti-los e analisá-los em conjunto e serão introduzidos elementos de teoria literária e processo de criação.

Inscrições e informações pelo e-mail estacaodasletras@estacaodasletras.com.br e tel.: (21) 3237-3947