em são paulo
primeiras vozes: vozes, versos
(edição especial)
hipnose para um incêndio,
de rita medusa
19 de julho, às 20h | Cemitério de Automóveis: Rua Frei Caneca,
384 – Consolação
em caxias do sul
misterioso sul:
org. dinarte albuquerque
filho
no rio de janeiro
água,
de hilver cunha
Um recurso natural que vem caminhando para a escassez
nos dias atuais
é o fio condutor do romance de realismo fantástico
Água (Editora Chiado),
estreia literária do psicólogo e escritor Hilber Cunha
Lançamento no dia 19 de julho, às 19 horas, na Livraria
Argumento - Leblon
A sociedade, como
conhecíamos há muito, já não existe mais. A água, que antes era um recurso
abundante, acabou. Tornou-se então um bem pela qual a humanidade passou a matar
para consegui-la. A fome, doenças e a violência do ser humano dizimaram quase
toda a população. Os que sobraram se dividiram entre aqueles que viviam nas
chamadas fortalezas, com acesso à água e comida, sob a proteção de integrantes
do "Polícia do Governo" e dos "Mercenários", e os nômades
que viviam em ambiente desolador, em volta de algum poço cavado por eles
próprios. Neste ambiente de fábula política e de revolução se desenrola a
trama, em forma de saga, na busca por encontrar uma fonte de água tida por
inesgotável, que acaba por se revelar como sendo o "Aquífero Guarani".
Nascido nessa
realidade, o personagem do jovem Aato, logo cedo, teve que deixar sua vila
nativa devido ao esgotamento do poço que os abastecia. Vagando sem rumo,
decidiu se aproximar de um pequeno povoado; e imaginou ser seu fim quando um golpe
contundente em sua cabeça o fez desmaiar.
Ao contrário, foi o começo de algo muito maior que poderia supor. O
início da busca pela construção de uma nova sociedade, com novas bases. O
personagem do velho conhecido como Dalgamir o toma por herdeiro de seus
conhecimentos e o leva a participar dos eventos modificariam para sempre aquela
realidade.
Sobre o mote que
marca o início de sua história, Hilber
Cunha explica: "A ideia de alguém acordando no leito seco de rio era
algo que me vinha todos os dias à cabeça. Eu tenho pessoalmente uma grande
preocupação com a questão hídrica. E hoje, curiosamente, sei de cor a
localização de quase todos os aquíferos do mundo". Quando o personagem
Dalgamir sai junto com os personagens de Aato e Ana, eles vão seguindo um velho
mapa de Dalgamir que os levaria até o "Aquífero Guarani". Seria um
local definitivo e seguro, muito longe das Fortalezas do Centro e do Norte,
onde eles não seriam mais importunados. No meio do caminho, encontram uma
aldeia liderada pelo ex-chefe da polícia da Fortaleza do Centro, personagem de
Loruan, que se autodestrói através de uma guerra civil interna. A partir daí,
Loruan lidera um grupo de sobreviventes até uma nova fonte de água, onde
estabelecem a vila. O grupo de Loruan então faz amizade com Dalgamir e eles
chegam ao "Aquífero Guarani", mas observam que o lugar está deserto,
abandonado. Eles, então, voltam e combinam com Loruan que vão buscar o povo
deles e que iriam juntos de volta para o Aquífero.
Ambientado num
tempo impreciso, o romance ficcional mistura fatos e locais reais. Na história
de um povo em busca de fontes de água e da construção uma nova sociedade, o
autor desenvolve e constrói conflitos, traições, heróis, violões, personagens
pedófilos, histórias de amor, de união e de renúncia, que somam ingredientes
que alimentam a trama, desenvolvida em grande parte do livro em até quatro
ambientes simultaneamente.
"Demorei
mais ou menos dois anos pra escrever esse romance. Por ele ser um livro com um
contexto muito elástico, com acontecimentos simultâneos, era preciso um estudo
muito grande de coerência cronológica e literária. A história precisava
convergir para um final. A narrativa e a cronologia precisavam estar em
sintonia. Muita coisa eu fui ajeitando durante a escrita", destaca Hilber.
Num ano como
2018, de eleições majoritárias, o livro Água
é também um instrumento político do autor em busca de defender seus próprios
ideais e as ideias de seus personagens na obra. "O que mais há de mim
nesse livro é a questão revolucionária. A nossa classe política é apodrecida e
o grupo político dominante podre no meu livro vai ser abatido", dá spoiler
o autor.
Sobre Hilber Cunha
Nascido em
fevereiro de 1964, Hilber graduou-se em psicologia em 1988.
Entre 1988 e 1991, morou em Nova York. Após voltar ao Brasil, participou
como membro da equipe de produção de algumas edições da Bienal do Livro, entre
outras, as atividades realizadas. Por fim, retornou para a profissão de
psicólogo, pós-graduou-se em Gestalt Terapia, atividade que divide com a de
criar histórias. Hoje, aos 54 anos, pai de três filhas, ele acaba de lançar o
seu primeiro livro.
Título: Água
Editora: Chiado
Autor: Hilber Cunha
Páginas: 479
ISBN: 978-989-52-2394-7
Preço: R$ 46,00
Onde comprar: www.chiadobooks.com/livraria/agua
Serviço lançamento:
Data: 19 de julho, quinta-feira
Horário: 19 h
Local: Livraria Argumento
Rua Dias Ferreira, 417 - Leblon
Assessoria de Imprensa
George Patiño (21) 98758-7282 | 2512-3244 | george.patino71@gmail.com
Nani Santoro (21) 99855-1939 | nanisantoro@uol.com.br
laboratório da palavra/pacc
mulheres que escrevem,
com rita isadora pessoa,
stephanie borges e
ana carolina assis
vivência literária — laboratório de leitura
e escrita do romance,
com marcelo maluf
Sábado, dia 21 de julho, das 10h às 17h, acontece no Instituto
Estação das Letras (R. Marquês de Abrantes, 177 - Flamengo) o workshop Vivência Literária — Laboratório de Leitura
e Escrita, com o escritor Marcelo Maluf.
O professor,
autor, entre outros, de Esquece tudo
agora (Terracota, 2012) e do infantil As
mil e uma histórias de Manuela (Autêntica, 2013), propõe uma reflexão sobre
o ato de escrever, particularmente, no que diz respeito à prosa de ficção.
Os participantes
serão estimulados a produzir textos, discuti-los e analisá-los em conjunto e
serão introduzidos elementos de teoria literária e processo de criação.