17 de jul. de 2018


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com beatriz h. ramos amaral & cia.







em belo horizonte
hamlet e eu & manoletra — um musical
infantil: arapuka cultural



Arapuka Cultural abre suas portas no teatro mineiro com estreia de dois espetáculos

Hamlet e Eu e Manoletra — Um Musical Infantil fazem temporada de 20 de julho a 12 de agosto no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes. Trabalhos marcam inauguração da produtora de teatro do ator e diretor Humberto Câmara, e buscam trazer reflexão sobre as questões humanas, sem abrir mão de linguagem lúdica, moderna, crítica e bem-humorada.

A Arapuka Cultural é a nova produtora de teatro de Belo Horizonte. Idealizada pelo artista mineiro Humberto Câmara, que integrou durante 18 anos o grupo "Os Fodidos Privilegiados", dirigido por Antônio Abujamra e João Fonseca, a plataforma artística abre suas portas e faz seu primeiro encontro com o público na estreia de dois espetáculos, um adulto e outro infantil, que serão exibidos no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes, em julho e agosto.

Inspirado na obra de William Shakespeare, o espetáculo Hamlet e Eu é um solo com texto, atuação e direção do próprio Humberto, que propõe ao público uma reflexão sobre nosso comportamento e sua importância na política e na sociedade, tendo como referência a linguagem brechtiana. A montagem tem como propósito discutir o bem-estar humano por meio da arte, alertando sobre a banalização da violência, da corrupção, do desejo, da importância de se tomar uma posição em torno da própria existência.

O espetáculo parte da célebre pergunta "Ser ou não ser? Eis a questão" e mostra um ator, que durante o ensaio da peça Hamlet, começa a refletir sobre a existência humana, traçando um paralelo entre os tempos de Shakespeare e a atualidade. Este questionamento tão antigo nos leva a um olhar crítico a respeito da sociedade contemporânea.

Quem é o ser humano hoje? Suas dúvidas e a sua atitude diante da política, da vida, da coletividade e do outro provocam consequências e a atos extremos muitas vezes banalizados no nosso cotidiano. Hamlet e Eu convida ator e espectador a se questionarem, sobre si próprios, sobre a humanidade e o teatro. O espetáculo, que estreia no dia 20 de julho, segue em cartaz até 12 de agosto, com sessões sextas e sábados às 21h01, e domingos às 19h01. E o horário é esse mesmo, 1 minuto de vida, em que tudo pode se transformar.

É também a reflexão sobre os nossos tempos que move Manoletra — Um Musical Infantil, a outra criação da Arapuka que tem direção de Humberto Câmara, dramaturgia de Humberto Câmara e Bremmer Guimarães, e atuação de Bremmer Guimarães, Jorge Rios e Ricardo Catizane. A peça fica em cartaz de 21 de julho a 12 de agosto, aos sábados e domingos, sempre às 16h01. Os ingressos dos dois espetáculos custam R$30 (inteira).

A história de Manoletra é ambientada num planeta fictício, inteiramente construído por palavras, e que enfrenta uma guerra justamente porque as letras estão cada vez mais escassas e em disputa pelas pessoas. Nesse cenário, Manoletra é uma criança que vive num "lixão de palavras" e procura uma palavra para acordar o próprio pai, que durante a guerra foi atingido por uma misteriosa fumaça azul e vermelha e, por isso, dorme já há dois dias.

No mundo em que vive Manoletra, as guerras se fazem pelas palavras e os ataques são de fumaças vermelhas e azuis. As pessoas brigam por palavras, para ver quem tem mais. É no meio das palavras descartadas no lixão, que Manoletra busca uma nova para salvar seu pai. Nessa busca, o menino encontrará diversos personagens, como um monstro de lixo, um gato cor-de-rosa e até a própria internet, personificada como uma vendedora de palavras desse mundo ficcional.

A pesquisa do espetáculo foi iniciada durante o Cecad, Centro de Criação para Atores e Diretores do Sesc Palladium, e supervisionada pelo Grupo Oriundo de Teatro. O trabalho busca uma nova linguagem para o público infantil, propondo um olhar crítico sobre a nossa sociedade e construindo junto às crianças um pensamento consciente sobre o nosso mundo e o nosso tempo. A proposta é entender a criança também como espectador pensante. O que se pretende é trazer uma reflexão sobre as questões humanas, sem abrir mão de uma linguagem lúdica, moderna, crítica e bem humorada.

Durante o processo de criação, a investigação sobre a palavra e a educação foram imprescindíveis para a consistência dramatúrgica da obra, entendendo a palavra e a construção da linguagem como elementos que determinam a nossa formação enquanto indivíduos. Questões como a diversidade, a necessidade de diálogo e do convívio com as diferenças, a morte, a importância da leitura e da escrita, a reciclagem, entre outras, estão presentes na peça, que também tem trilha sonora original composta por Cesar Coimbra e interpretada ao vivo pelos atores.

Em Manoletra, a palavra é central. As músicas e os personagens trazem poesias, trava-línguas, duelo de rimas e até mesmo a famosa "língua do P". A montagem aborda ainda as redes sociais e as novas tecnologias, que trazem palavras virtuais que transitam por todos os lugares, mas, sobretudo, a questão da alfabetização, da construção da palavra, tornando a experiência teatral uma grande brincadeira com a linguagem.

SOBRE HUMBERTO CÂMARA
Humberto Câmara é ator formado pelo Cefar/Fundação Clóvis Salgado e possui mais de vinte anos de experiência em teatro. Foi durante 18 anos, integrante da companhia teatral "Os Privilegiados", fundada por Antônio Abujamra, tendo atuado sob sua direção e com outros grandes nomes do teatro, como Paulo Autran, Luciana Braga, Alessandra Maestrini, João Fonseca, entre outros.

SOBRE BREMMER GUIMARÃES
Bremmer Guimarães é ator, crítico teatral e jornalista, com ênfase na área cultural. Como ator, atuou no espetáculo PassAarão, do Grupo Espanca!, com direção de Aline Vila Real (2017); na cena curta Bremmer, Pedrosa e Tomás estão no Movimento, com direção de Vinícius Souza, convidada do Festival Cenas Curtas do Galpão Cine Horto; Há Algo de Podre no Reino da Dinamarca (2018), espetáculo de formatura do curso de teatro do Cefar, com direção de Rogério Araújo; e também é integrante da Cia. Anômala de Teatro, na qual criou os trabalhos Anômalas (2015), Escapulário (2016) e desenvolve como diretor e dramaturgo o espetáculo Protótipo para Cavalo, com previsão de estreia para o 2º semestre de 2018.

SERVIÇO
MANOLETRA — UM MUSICAL INFANTIL
"Meu pai tá dormindo. Ele dorme um sono profundo, não acorda já faz dois dias. Tudo começou quando os aviões do planeta vizinho começaram a nos atacar com seus jatos de fumaça vermelha e azul, só pra roubar nossas ricas letrinhas e palavreados...".

De 21 de julho a 12 de agosto no Teatro João Ceschiatti/Palácio das Artes
Sábados e domingos às 16h31
Ingressos: R$30 (inteira)
Vendas antecipadas: goo.gl/fcyGJW

Direção: Humberto Câmara
Dramaturgia: Humberto Câmara e Bremmer Guimarães
Atuação: Bremmer Guimarães, Jorge Rios e Ricardo Catizane
Criação de luz: Caroline Cavalcanti
Criação musical: César Coimbra

HAMLET E EU
O personagem é um espelho d'água, onde contemplamos nosso próprio reflexo. A realidade é uma peça, é a imitação que o ator faz de um ser humano. Que se fazia de louco: primeiro para sobreviver, depois para existir.

De 20 de julho a 12 de agosto no Teatro João Ceschiatti/Palácio das Artes
Sexta e sábado às 21h01, domingo às 19h01
Ingressos: R$30 (inteira)
Vendas antecipadas: goo.gl/Nz6Qdx

Direção, texto e atuação: Humberto Câmara
Música original: Bia Barbosa
Iluminação: Caroline Cavalcanti
Realização: Arapuka Cultural

CONTATO PARA IMPRENSA
Bremmer Guimarães - (31) 99680-9421
Humberto Câmara - (31) 99333-3735




no rio de janeiro
eu algum na multidão de
motocicletas verdes agonizantes,
de zeh gustavo


           
No dia 26 de julho, quinta, das 19h às 21h30, na Livraria da Travessa de Botafogo, é o lançamento do premiado livro de Zeh Gustavo, Eu algum na multidão de motocicletas verdes agonizantes (Editora Viés). O livro tem apresentação de Alberto Mussa e texto de orelha de Godofredo de Oliveira Neto.

Vencedor do Prêmio Lima Barreto de Contos, da Academia Carioca de Letras, em 2014, e com diversos de seus textos premiados em outros concursos e publicados em antologias, Eu algum na multidão de motocicletas verdes agonizantes é uma coletânea livre de contos em que o eu narrativo se revela, em geral, o personagem principal. Esse narrador-ator conduz a leitura, com sua fala corrosivamente poética e mordaz, por périplos e situações fictícias que beiram uma super-realidade ou, em algumas tramas, mesmo a banalidade do real. O que acontece se conforma em pano de fundo, um meio-margem para a configuração/atuação de um(a) sujeito(a) não obediente, descaricato(a), protuberante nos seus contornos pouco definidos. Mas que ri — mais do que chora. A vida, trajada de farsa, nesses contos, está para jogo depois que não interessa mais salvá-la, tampouco muni-la dos objetivos tangíveis e concretos do dito mundo produtivo, ora rebaixado à coisa pouca que os personagens usam somente como roupas gastas de vestir seus destinos — e desatinos.

Sobre o autor
Zeh Gustavo é músico e escritor. Canta no grupo de samba "Terreiro de Breque" e no bloco de carnaval "Cordão do Prata Preta". Na literatura, publicou, entre outros títulos, os livros de poesia Pedagogia do suprimido (Verve, 2013; Autografia, 2015), A perspectiva do quase (Arte Paubrasil, 2008) e Idade do zero (Escrituras, 2005). Participou ainda de antologias como O meu lugar (Mórula, 2015), Rio de Janeiro: alguns de seus gênios e muitos delírios (Autografia, 2015) e Porremas (Mórula, 2018). É um dos organizadores do FIM (Fim de Semana do Livro no Porto).

Serviço
Lançamento do livro Eu algum na multidão de motocicletas verdes agonizantes
Autor: Zeh Gustavo
Editora: Viés
Apresentação: Alberto Mussa
Orelha: Godofredo de Oliveira Neto
Data: quinta, 26/7/2018, 19h
Livraria Travessa (Av. Voluntários da Pátria, 97 - Botafogo)




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