em lisboa
conexões atlânticas II,
com beatriz h. ramos amaral
& cia.
em belo horizonte
hamlet e eu
& manoletra
— um musical
infantil:
arapuka cultural
Arapuka Cultural abre suas portas no teatro mineiro com
estreia de dois espetáculos
Hamlet e Eu e Manoletra — Um Musical Infantil fazem
temporada de 20 de julho a 12 de agosto
no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes. Trabalhos marcam
inauguração da produtora de teatro do ator e diretor Humberto Câmara, e buscam trazer reflexão sobre as questões
humanas, sem abrir mão de linguagem lúdica, moderna, crítica e bem-humorada.
A Arapuka Cultural é a nova produtora de
teatro de Belo Horizonte. Idealizada pelo artista mineiro Humberto Câmara, que integrou durante 18 anos o grupo "Os
Fodidos Privilegiados", dirigido por Antônio
Abujamra e João Fonseca, a
plataforma artística abre suas portas e faz seu primeiro encontro com o público
na estreia de dois espetáculos, um adulto e outro infantil, que serão exibidos
no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes, em julho e agosto.
Inspirado na obra
de William Shakespeare, o espetáculo
Hamlet e Eu é um solo com texto,
atuação e direção do próprio Humberto, que propõe ao público uma reflexão sobre
nosso comportamento e sua importância na política e na sociedade, tendo como
referência a linguagem brechtiana. A montagem tem como propósito discutir o
bem-estar humano por meio da arte, alertando sobre a banalização da violência,
da corrupção, do desejo, da importância de se tomar uma posição em torno da própria
existência.
O espetáculo
parte da célebre pergunta "Ser ou não ser? Eis a questão" e mostra um
ator, que durante o ensaio da peça Hamlet, começa a refletir sobre a existência
humana, traçando um paralelo entre os tempos de Shakespeare e a atualidade.
Este questionamento tão antigo nos leva a um olhar crítico a respeito da
sociedade contemporânea.
Quem é o ser
humano hoje? Suas dúvidas e a sua atitude diante da política, da vida, da
coletividade e do outro provocam consequências e a atos extremos muitas vezes
banalizados no nosso cotidiano. Hamlet e
Eu convida ator e espectador a se questionarem, sobre si próprios, sobre a
humanidade e o teatro. O espetáculo, que estreia no dia 20 de julho, segue em
cartaz até 12 de agosto, com sessões sextas
e sábados às 21h01, e domingos às
19h01. E o horário é esse mesmo, 1 minuto de vida, em que tudo pode se
transformar.
É também a
reflexão sobre os nossos tempos que move Manoletra
— Um Musical Infantil, a outra criação da Arapuka que tem direção de Humberto
Câmara, dramaturgia de Humberto
Câmara e Bremmer Guimarães, e
atuação de Bremmer Guimarães, Jorge Rios e Ricardo Catizane. A peça fica em cartaz de 21 de julho a 12 de agosto, aos sábados e domingos, sempre às 16h01. Os ingressos dos dois
espetáculos custam R$30 (inteira).
A história de Manoletra
é ambientada num planeta fictício, inteiramente construído por palavras, e que
enfrenta uma guerra justamente porque as letras estão cada vez mais escassas e
em disputa pelas pessoas. Nesse cenário, Manoletra é uma criança que vive num "lixão
de palavras" e procura uma palavra para acordar o próprio pai, que durante
a guerra foi atingido por uma misteriosa fumaça azul e vermelha e, por isso,
dorme já há dois dias.
No mundo em que
vive Manoletra, as guerras se fazem pelas palavras e os ataques são de fumaças
vermelhas e azuis. As pessoas brigam por palavras, para ver quem tem mais. É no
meio das palavras descartadas no lixão, que Manoletra busca uma nova para
salvar seu pai. Nessa busca, o menino encontrará diversos personagens, como um
monstro de lixo, um gato cor-de-rosa e até a própria internet, personificada
como uma vendedora de palavras desse mundo ficcional.
A pesquisa do
espetáculo foi iniciada durante o Cecad, Centro de Criação para Atores e
Diretores do Sesc Palladium, e supervisionada pelo Grupo Oriundo de Teatro. O
trabalho busca uma nova linguagem para o público infantil, propondo um olhar
crítico sobre a nossa sociedade e construindo junto às crianças um pensamento
consciente sobre o nosso mundo e o nosso tempo. A proposta é entender a criança
também como espectador pensante. O que se pretende é trazer uma reflexão sobre
as questões humanas, sem abrir mão de uma linguagem lúdica, moderna, crítica e
bem humorada.
Durante o
processo de criação, a investigação sobre a palavra e a educação foram
imprescindíveis para a consistência dramatúrgica da obra, entendendo a palavra
e a construção da linguagem como elementos que determinam a nossa formação
enquanto indivíduos. Questões como a diversidade, a necessidade de diálogo e do
convívio com as diferenças, a morte, a importância da leitura e da escrita, a
reciclagem, entre outras, estão presentes na peça, que também tem trilha sonora
original composta por Cesar Coimbra e interpretada ao vivo pelos atores.
Em Manoletra, a palavra é central. As
músicas e os personagens trazem poesias, trava-línguas, duelo de rimas e até mesmo
a famosa "língua do P". A montagem aborda ainda as redes sociais e as
novas tecnologias, que trazem palavras virtuais que transitam por todos os
lugares, mas, sobretudo, a questão da alfabetização, da construção da palavra,
tornando a experiência teatral uma grande brincadeira com a linguagem.
SOBRE HUMBERTO CÂMARA
Humberto Câmara é ator formado
pelo Cefar/Fundação Clóvis Salgado e possui mais de vinte anos de experiência
em teatro. Foi durante 18 anos, integrante da companhia teatral "Os
Privilegiados", fundada por Antônio Abujamra, tendo atuado sob sua direção
e com outros grandes nomes do teatro, como Paulo Autran, Luciana Braga,
Alessandra Maestrini, João Fonseca, entre outros.
SOBRE BREMMER GUIMARÃES
Bremmer Guimarães é ator,
crítico teatral e jornalista, com ênfase na área cultural. Como ator, atuou no
espetáculo PassAarão, do Grupo
Espanca!, com direção de Aline Vila Real (2017); na cena curta Bremmer, Pedrosa e Tomás estão no Movimento, com direção de Vinícius
Souza, convidada do Festival Cenas Curtas do Galpão Cine Horto; Há Algo de Podre no Reino da Dinamarca
(2018), espetáculo de formatura do curso de teatro do Cefar, com direção de
Rogério Araújo; e também é integrante da Cia. Anômala de Teatro, na qual criou
os trabalhos Anômalas (2015), Escapulário (2016) e desenvolve como
diretor e dramaturgo o espetáculo Protótipo
para Cavalo, com previsão de estreia para o 2º semestre de 2018.
SERVIÇO
MANOLETRA — UM MUSICAL INFANTIL
"Meu pai tá
dormindo. Ele dorme um sono profundo, não acorda já faz dois dias. Tudo começou
quando os aviões do planeta vizinho começaram a nos atacar com seus jatos de
fumaça vermelha e azul, só pra roubar nossas ricas letrinhas e palavreados...".
De 21 de julho a 12 de agosto no Teatro João
Ceschiatti/Palácio das Artes
Sábados e domingos às 16h31
Ingressos: R$30 (inteira)
Vendas antecipadas: goo.gl/fcyGJW
Direção: Humberto Câmara
Dramaturgia: Humberto Câmara e Bremmer Guimarães
Atuação: Bremmer Guimarães, Jorge Rios e Ricardo
Catizane
Criação de luz: Caroline Cavalcanti
Criação musical: César Coimbra
HAMLET E EU
O personagem é um
espelho d'água, onde contemplamos nosso próprio reflexo. A realidade é uma
peça, é a imitação que o ator faz de um ser humano. Que se fazia de louco:
primeiro para sobreviver, depois para existir.
De 20 de julho a 12 de agosto no Teatro João
Ceschiatti/Palácio das Artes
Sexta e sábado às 21h01, domingo às 19h01
Ingressos: R$30 (inteira)
Vendas antecipadas: goo.gl/Nz6Qdx
Direção, texto e atuação: Humberto Câmara
Música original: Bia Barbosa
Iluminação: Caroline Cavalcanti
Realização: Arapuka Cultural
CONTATO PARA IMPRENSA
Bremmer Guimarães - (31) 99680-9421
Humberto Câmara - (31) 99333-3735
no rio de janeiro
eu algum na multidão de
motocicletas verdes agonizantes,
de zeh gustavo
No dia 26 de julho, quinta, das 19h às 21h30, na Livraria da Travessa de Botafogo, é o lançamento do premiado livro
de Zeh Gustavo, Eu algum na multidão de motocicletas verdes agonizantes (Editora
Viés). O livro tem apresentação de Alberto
Mussa e texto de orelha de Godofredo
de Oliveira Neto.
Vencedor do
Prêmio Lima Barreto de Contos, da Academia Carioca de Letras, em 2014, e com
diversos de seus textos premiados em outros concursos e publicados em
antologias, Eu algum na multidão de
motocicletas verdes agonizantes é uma coletânea livre de contos em que o eu
narrativo se revela, em geral, o personagem principal. Esse narrador-ator
conduz a leitura, com sua fala corrosivamente poética e mordaz, por périplos e
situações fictícias que beiram uma super-realidade ou, em algumas tramas, mesmo
a banalidade do real. O que acontece se conforma em pano de fundo, um
meio-margem para a configuração/atuação de um(a) sujeito(a) não obediente,
descaricato(a), protuberante nos seus contornos pouco definidos. Mas que ri —
mais do que chora. A vida, trajada de farsa, nesses contos, está para jogo
depois que não interessa mais salvá-la, tampouco muni-la dos objetivos
tangíveis e concretos do dito mundo produtivo, ora rebaixado à coisa pouca que
os personagens usam somente como roupas gastas de vestir seus destinos — e
desatinos.
Sobre o autor
Zeh Gustavo é músico e
escritor. Canta no grupo de samba "Terreiro de Breque" e no bloco de
carnaval "Cordão do Prata Preta". Na literatura, publicou, entre
outros títulos, os livros de poesia Pedagogia
do suprimido (Verve, 2013; Autografia, 2015), A perspectiva do quase (Arte Paubrasil, 2008) e Idade do zero (Escrituras, 2005).
Participou ainda de antologias como O
meu lugar (Mórula, 2015), Rio de
Janeiro: alguns de seus gênios e muitos delírios (Autografia, 2015) e Porremas (Mórula, 2018). É um dos
organizadores do FIM (Fim de Semana do Livro no Porto).
Serviço
Lançamento do livro Eu algum na multidão de
motocicletas verdes agonizantes
Autor: Zeh Gustavo
Editora: Viés
Apresentação: Alberto Mussa
Orelha: Godofredo de Oliveira Neto
Data: quinta, 26/7/2018, 19h
Livraria Travessa (Av. Voluntários da Pátria, 97 -
Botafogo)
em paraty
na flip:
penélope martins
em são paulo
acontece
na
casa guilherme de almeida