15 de out. de 2019


em são paulo
monstruário de fomes,
de ruy proença e
o desvio das gentes, de
pádua fernandes




A Editora Patuá e a Biblioteca Pública Municipal Álvaro Guerra convidam todos para o lançamento dos livros Monstruário de fomes (poemas), de Ruy Proença e O desvio das gentes (poemas), de Pádua Fernandes, contemplados com o 2° Edital de Publicações da Secretaria de Cultura de São Paulo. O evento, gratuito, será realizado no dia 24 de outubro (quinta-feira), a partir das 18h30, na Biblioteca Pública Municipal Álvaro Guerra: Av. Pedroso de Moraes, 1919 - Pinheiros.

Programação
18h30 - Os poetas Ruy Proença e Pádua Fernandes falarão sobre poesia, processo criativo, seus livros anteriores e os novos, Monstruário de fomes e O desvio das gentes;
19h30 - Sessão de autógrafos dos livros O desvio das gentes, de Pádua Fernandes e Monstruário de fomes, de Ruy Proença.

O exemplar de Ruy Proença estará à venda por R$ 38,00 e o de Pádua Fernandes, por R$ 40,00 (pagamentos em dinheiro e cartões de débito e crédito).




em porto alegre
ancestralidades e raízes,
de ana dos santos & cia.


Coisa de preto: coletâneas reúnem textos de escritoras
e escritores negros contemporâneos.

Durante mais de três séculos e meio, nascer negro ou negra no Brasil — último país das Américas a abolir a escravidão — implicou amargar condições de existência terríveis. No entanto, ao precipitar-se para a conclusão de que tudo isso ficou para trás, comete-se grave engano. Longe de significar o fim do terrorismo contra a população negra por parte da elite branca, o final do século XIX brasileiro simbolizou, isso sim, o pontapé inicial de um longo e perverso processo de aperfeiçoamento e sutilização da mentalidade escravocrata, o qual se desenrolaria ao longo de todo o século seguinte. Eram os alicerces do capitalismo à brasileira, onde a desigualdade social se confunde com a questão racial; nascia, naquele distante 13 de maio de 1888, o que mais tarde chamaríamos de "racismo estrutural".

Percebendo que o estabelecimento de uma nova dinâmica nessa estrutura passa necessariamente pelo campo do discurso e da produção de conhecimento, escritoras e escritores negros brasileiros apresentam novas obras para os leitores gaúchos. Os livros Raízes — Resistência Histórica Volume II e Ancestralidades — Escritores Negros serão autografados no dia 25 de outubro, a partir das 20 h, no Boteco do Paulista (Rua Riachuelo, 224/230). Estarão presentes na sessão de autógrafos as escritoras porto-alegrenses Ana dos Santos e Dedy Ricardo, e a uruguaianense Dóris Soares, autoras participantes de Raízes, e os escritores porto-alegrenses Duan Kissonde, José Falero e Tônio Caetano, participantes de Ancestralidades, obra que conta ainda com o também porto-alegrense Bruno Cardoso.

Raízes — Resistência Histórica Volume II e Ancestralidades — Escritores Negros são coletâneas que reúnem textos de 20 escritoras e 22 escritores negros brasileiros, respectivamente. As obras não devem ser entendidas apenas como um simples par de livros, mas como dois símbolos políticos, dois símbolos de resistência e de empoderamento; como deliberada recusa ao lugar historicamente reservado às negras e aos negros no Brasil. Raízes e Ancestralidades compõem uma legítima insurgência nas entranhas de um país onde, não obstante a maioria negra da população, a maior parte dos escritores publicados são brancos.

Ancestralidades conta com texto de orelha de GOG, prefácio de Ricardo Aleixo e apresentação de Igor Chico e Ygor Peniche. Raízes, por sua vez, tem texto de orelha de Fátima Trinchão, prefácio de Nina Rizzi e Elizandra Souza, e apresentação de Dóris Soares e Letícia Araújo. As obras chegam pela editora Venas Abiertas, de Minas Gerais.




em salvador
com armas sonolentas,
de carola saavedra


Av. Sete de Setembro, 2340 - Corredor da Vitória