22 de jun. de 2016

em belo horizonte
poemas de brinquedo,
de álvaro andrade garcia &
voz de ricardo aleixo 

Dia 25 de junho, sábado, às 10 h, na nova Bibloteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte [Centro de Referência da Juventude, Praça da Estação, ao lado do Museu de Artes e Ofícios], acontece o lançamento do livro transmídia Poemas de Brinquedo, de Álvaro Andrade Garcia, Editora Peirópolis. No evento, será apresentada ao público a versão digital em formato de app para dispositivos móveis e a versão impressa em forma de cartas para manusear e brincar. Durante o lançamento acontece um colóquio sobre usos dos Poemas de Brinquedo em contexto de mediação de leitura e uma pocket performance do poeta Ricardo Aleixo, que vocaliza os textos no app.




em brasília
chá com letras: edição 6
com joão almino, nicolas behr
e francisco alvim







em ouro preto
lost zweig,
filme de sylvio back


©milla jung

Dentro da programação da 11ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), exibição do premiado filme Lost Zweig, do premiadíssimo diretor Sylvio Back, dia 26 de junho, domingo, no Cine Vila Rica, às 18 h.

Baseado em fatos reais
Falado em inglês
(No Brasil é exibido com subtítulos em português)
35mm., cor, 114min.

Sinopse                                       
Última semana de vida do escritor judeu austríaco Stefan Zweig, autor do livro Brasil, País do Futuro e de sua jovem mulher, Lotte, que num pacto cercado de mistério, se suicidam em Petrópolis (RJ) após o Carnaval de 1942, ao qual haviam assistido. Um gesto que ainda hoje, sessenta anos depois, desperta incógnitas e assombro pela sua premeditação e caráter emblemático.

Elenco
Rüdiger Vogler, Ruth Rieser, Renato Borghi, Daniel Dantas, Ney Piacentini, Claudia Netto, Juan Alba, Ana Carbatti, Odilon Wagner, Kiko Mascarenhas, Katia Bronstein, Denise Weinberg, Michael Berkovich, Felipe Wagner, Carina Cooper, Silvia Chamecki, Thelmo Fernandes (como Orson Welles), Isaac Bernat, Alexandre Ackerman, Garcia Júnior, Jorge Eduardo, Marcela Moura e Waldir Onofre.

Ficha técnica
Produção  USINA DE KYNO
Co-produção  CALLA PRODUCTIONS (EUA)
ESTÚDIOS MEGA/TIBET FILME
LABO CINE DO BRASIL
QUANTA
RIOFILME
TV CULTURA DE SÃO PAULO
Produtor associado  ANDREW HOOD
Patrocínio BANESPA, BCN, BNDES, BR DISTRIBUIDORA, COPEL, ELETROBRÁS, FINEP, SANEPAR, MINISTÉRIO DA CULTURA.
Apoio FUNDAÇÃO CULTURAL PETRÓPOLIS e PREFEITURA DE PETRÓPOLIS
                       
Produtor   Sylvio Back                  
Produção Executiva   Margit Richter                              
Diretor de Produção  Tininho Fonseca
Argumento  Sylvio Back
Roteiro  Sylvio Back e Nicholas O'Neill
Baseado no livro  "Morte no Paraíso", de Alberto Dines
Casting Internacional  Andrew Hood e Tree Petts (Europa)
Casting Nacional  Ruy Brito e Cibele Santa Cruz                     
Diretor de Fotografia  Antonio Luiz Mendes
Diretor de Arte  Bárbara Quadros
Figurinos  Ticiana Passos
Cenografia  Rostand Albuquerque
Montagem e edição  Francisco Sérgio Moreira
Trilha musical  Guilherme Vergueiro
Raul de Souza
Direção  Sylvio Back
Ano de Produção/2003

Enredo
Lost Zweig narra a derradeira ronda que o escritor judeu austríaco Stefan Zweig (60 anos), autor do famoso livro, Brasil, País do Futuro, e sua jovem esposa, Lotte (33), empreendem ao tempo e à morte. Tudo transcorre entre o domingo de Carnaval e a segunda-feira da semana seguinte, 23 de fevereiro de 1942, nas cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro. Em biografias que se sucedem deste então, principalmente, na Europa, excetuando-se a do jornalista brasileiro Alberto Dines, Morte no Paraíso (1981), na qual é baseado o roteiro de Lost Zweig, todas remetem à vida e obra do escritor em Viena, Paris, Londres e Nova Iorque, e nenhuma detém-se em esmiuçar os seus dias terminais entre nós.

Além de alguns programas de televisão europeus e o documentário Zweig: A Morte em Cena (43 min., cor/PB), de Sylvio Back, produzido pelo Instituto Goethe do Rio de Janeiro em 1995 para a TV alemã por assinatura, 3Sat, Lost Zweig é o primeiro filme de longa-metragem, com exibição e distribuição internacionais — cujo roteiro, calcado na obra e correspondência do escritor e no testemunho de contemporâneos — a ficcionar a tragédia dos Zweig no Brasil.

A originalidade de Lost Zweig reside, exatamente, no resgate ficcional da "vida brasileira" de Stefan Zweig, uma espécie de elo perdido da sua biografia: a tensão entre as recordações da "dourada era da segurança" europeia pré-Hitler e a nostálgica ilusão de reencontrá-la no Brasil; Zweig, sofrendo com o exílio, é hostilizado pela publicação de Brasil, País do Futuro; o inusitado encontro dele com o Orson Welles filmando o seu inconcluso documentário It's All True, e as perigosas relações do escritor com a ditadura Vargas tentando obter vistos de permanência no Brasil para judeus que fogem, como ele, da perseguição nazista na Europa.

Tudo permeado por um tortuoso conflito entre a ex-mulher Friderike e a atual, Lotte, enquanto ele vai se deixando levar pela idéia da morte como o supremo sacrifício de um humanista ante a decadência moral do mundo.

Apaixonado pelo Brasil desde a primeira visita em 1936 — "... se algures na Terra existe o Paraíso, não pode estar longe daqui" (fazia suas as palavras de seu biografado Américo Vespúcio) —, Zweig veio mais duas vezes, e na segunda em 1941, para ficar, fugindo do nazismo que já lhe queimara os livros em praça pública.

Autor de mais de cinquenta novelas, romances, poesia e inúmeras biografias, Stefan Zweig acredita na inevitável vitória da barbárie nacional-socialista, de que a Europa toda cairia definitivamente sob o jugo de Hitler. Esses presságios, que pontuam a narrativa de Lost Zweig, o enlouquecem nos últimos meses de vida.

Sobrecarregado pelas evidências da guerra (Pearl Harbour, a queda de Cingapura), imbricado a uma crescente crise pessoal, Zweig prepara-se — quase cientificamente — para o fim. E mata-se com a esposa num pacto escamoteado aos poucos e mais fiéis amigos. Na carta-testamento, que é uma declaração de amor ao Brasil, confessa: "Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes".

Morreu tão só quanto viveu, mas, com certeza, desiludido com a provisória neutralidade da América do Sul: navios mercantes brasileiros são torpedeados por submarinos nazistas na costa do Atlântico. Stefan Zweig teria dito ao ouvir a notícia no "Repórter Esso": "A guerra chegou ao paraíso!"

Em Lost Zweig, Stefan Zweig — como homem e intelectual de vocação cosmopolita — erige-se de uma modernidade a toda prova, ele que defendia uma Europa sem passaportes e com moeda única, era um pacifista, antibelicista e humanista, militante solitário de suas idéias e convicções. Um homem à frente de seu tempo. E de todos os tempos.  

Breve fortuna crítica
"O resultado é um filme sóbrio, melancólico e politizado, que se distingue do gênero biopic porque lhe interessa menos a reconstituição histórica estrita e mais a percepção de um país e de uma época sob os olhos de um estrangeiro". – Cássio Starling Carlos ("Folha de S.Paulo", 02.2008).  

"Notável pela qualidade da encenação em seus vários aspectos — como fotografia, trilha musical, interpretação, cenários e figurinos — a recriação dirigida por Sylvio Back concentra-se nos últimos dias de Zweig". – Sérgio Rizzo (História Viva/2004).

"A História, para Sylvio Back, não é uma mocinha recatada a quem se deva respeito. É antes uma puta sempre aberta à livre dramatização e às licenças da metáfora. Seu partido é o da dúvida, do questionamento das certezas. Assim foi com as missões jesuíticas ("República Guarani"), a guerra do Paraguai ("Guerra do Brasil"), a participação do Brasil na II Guerra Mundial ("Rádio Auriverde"). Assim é com a "vida brasileira" de Stefan Zweig, que ele retrata no ritmo compassado e solene de um réquiem". – Carlos Alberto de Mattos, crítico de cinema e escritor ("O Globo", 2007)

"E Sylvio Back lança seu cruel retrato dos últimos dias de Zweig no Brasil. A crueldade está hoje associada aos temas horríveis, porém banalizados na violência dos jornais (...) Só que a crueldade é mais forte quando descrita por um poeta como Back e sua destreza em misturar ficção e realidade sobre um monstro sagrado como Zweig e mostrar um Getúlio Vargas cruelmente diminuído e o filme faz-nos voltar ao cinema que vem do início dos 70. Back faz um filme em inglês sem ser subserviente. A perda da língua e da territorialidade. Precário e intolerante ou insolente". – Guilherme Zarvos, poeta. 

"Back equilibra de modo notável o íntimo e o épico, a atenção ao personagem e a sua circunstância: o humanista desterrado e o fascismo cordial brasileiro, onde a festa e a barbárie convivem de forma inextricável". – José Geraldo Couto, crítico de cinema e escritor ("Folha de S. Paulo, 2007).




no rio de janeiro
cursos de aprimoramento e
profissionalização
da estação das letras




Estação das Letras investe na preparação de profissionais em pleno encolhimento do setor e na geração de livros mais bem produzidos. Grade de férias conta também com ícones da literatura nacional e com o português Gonçalo Tavares

No Brasil, existem mais de 500 editoras, que estão sendo atingidas, no quarto mês consecutivo, pela crise e pelo encolhimento do setor, principalmente em relação às vendas. Na contramão dessa realidade, profissionais buscam cursos de aperfeiçoamento para elevar o padrão de qualidade dos serviços e produtos levados ao consumidor e investem em qualificação e profissionalização para dar a volta por cima.

Atenta a este movimento, a Estação das Letras traz em sua programação de cursos para as férias de julhode 4 a 31 de julho — aulas para escritores, editores e empreendedores interessados no mercado e em novas tecnologias de comercialização, profissionais de comunicação e marketing. Produtores culturais e estudantes também vão encontrar a experiência de profissionais atuantes em diversas etapas da cadeia produtiva.

Com temas como Lancei meu livro. E agora? — Como conquistar a rede e a mídia, no qual o autor do público-jovem Marcelo Costa ajuda escritores iniciantes a multiplicar a visibilidade do seu livro; Revisão e Copidesque, para auxiliar na habilitação de profissionais a trabalhar como editores de texto, copidesques e revisores de provas a partir da experiência do jornalista Alvanísio Damasceno; e Novos Autores e o Mercado Editorial, com o ponto de vista do escritor carioca de literatura policial Raphael Montes sobre a viagem que o livro faz na contemporaneidade, dos originais à mesa do editor, e suas  principais etapas, a Estação tem como objetivo proporcionar à comunidade interessada em ingressar de forma segura no mercado editorial , cursos que atendam com rapidez e eficiência às necessidades dos profissionais.

Os gerentes de Marketing das editoras Record, Happer Collins Brasil e Sextante, Bruno Zolotar, Daniela Kfuri e Mariana Souza Lima, respectivamente, integram esse bloco de cursos para o mercado editorial e compartilham suas vivências sobre estratégias de publicidade, promoções, eventos, mídia social, pontos de venda, entre outras ações para conseguir transformar os livros em sucesso, durantes os encontros de Marketing para o Mercado Editorial. Já o fundador da Casa da Palavra e da Imã Editorial, Julio Silveira, fala sobre O Poder do Autor Digital e contribui para a discussão acerca da literatura digital, mostrando as ferramentas e estratégias para o autor produzir, publicar, vender e divulgar seus livros digitais sem custos e sem editoras. O autor da biografia Roberto Carlos em Detalhes (Ed. Planeta), Paulo Cesar de Araujo, lança mão da sua trajetória como biógrafo e revela, em Escrevendo Biografias, o que é uma biografia, como se estrutura e se realiza uma pesquisa, a técnica de entrevistas, contextualização histórica, o cruzamento de informações e, finalmente, como a pesquisa se transforma em livro.

A programação completa está disponível no site da Estação e conta ainda com aulas sobre gêneros literários e destacados escritores do cenário nacional, tais como: Antonio Cícero (Poesia e Filosofia); Sergio Sant'Anna, Eucanaã Ferraz e João Bosco (Carpintaria Literária) e Braulio Tavares (Lições de Escrita de Jorge Luis Borges), entre outros, e internacional, com a presença do português Gonçalo Tavares (A Literatura e Os Grandes Temas da Cultura Contemporânea). Tavares explora a intertextualidade entre pensadores e poetas, abordando ciência, saúde,  razão e loucura, o corpo e suas relações de poder, a identidade e outros temas que atravessam a produção de autores e pensadores da contemporaneidade.

Como novidades a Estação aposta na estreia da poeta Alice Ruiz, autora de 21 livros, e  Antônio Carlos Viana, autor de Jeito de Matar Lagartas (Cia. das Letras, 2015). Ela conduz a Oficina de Haikai para convencer o público de que no fundo de cada um existe um poeta louco para despertar; ele propõe um  Mergulho no Conto para apresentar a evolução do gênero do século XIX aos dias atuais, ensinar a começar e terminar um texto, além de trabalhar a linguagem específica desta forma de narrar.

A diversidade de temas, segundo Suzana Vargas, é a tentativa de disponibilizar aos alunos cariocas e aos que procuram a Estação das Letras nessa época do ano toda a diversidade de ofertas com as quais a instituição trabalha nos cursos regulares.

As inscrições estão abertas aqui: www.estacaodasletras.com.br e pelo tel.: 21 3237-3947. A  Estação fica na Marquês de Abrantes, 177, no Flamengo.

Sobre a Estação
Nascida para concretizar um sonho pessoal de sua criadora, a poeta e mestre em teoria literária Suzana Vargas, e de um grupo de escritores, entre eles Flávio Moreira da Costa, Victor Giudice, Sérgio Sant'Anna e Antônio Torres, a Estação das Letras tem 19 anos, uma bagagem de mais de 15 mil alunos em sua trajetória, e é reconhecida como reduto da literatura nacional no meio do caminho entre o Centro e a Zona Sul do Rio de Janeiro.

A grade de aulas disponibiliza cursos regulares, que duram até quatro meses, oferecidos nas modalidades Introdução e Avançado, e cursos mais rápidos de um ou dois meses, workshops, ciclos de palestras, além de aulas rápidas aos sábados. Em 2015, inaugurou ainda seu "Núcleo de Línguas e Literaturas Estrangeiras", para difundir o ensino de idiomas estrangeiros no contexto de suas literaturas.

Dessa história merece reverência ainda o serviço fixo de análise de originais, criado há uma década, atendendo a autores de todas as regiões do país.


Para empresas, há cursos direcionados aos funcionários, com o objetivo de treinar a escrita adequada e estimular as capacidades criativa e interativa dos funcionários, bem como ampliar os conhecimentos culturais dos mesmos. A LiterÁrea, livraria da Estação, é um polo à parte para reuniões, lançamentos, confraternizações e, claro, venda de obras escolhidas com muito cuidado.