em belo horizonte
poemas de brinquedo,
de álvaro andrade garcia
&
voz de ricardo aleixo
Dia 25 de junho, sábado, às 10 h, na nova Bibloteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte [Centro de
Referência da Juventude, Praça da Estação, ao lado do Museu de Artes e
Ofícios], acontece o lançamento do livro transmídia Poemas de Brinquedo, de Álvaro
Andrade Garcia, Editora Peirópolis.
No evento, será apresentada ao público a versão digital em formato de app para
dispositivos móveis e a versão impressa em forma de cartas para manusear e
brincar. Durante o lançamento acontece um colóquio sobre usos dos Poemas de Brinquedo em contexto de
mediação de leitura e uma pocket performance do poeta Ricardo Aleixo, que vocaliza os textos no app.
em brasília
chá com letras: edição 6
com joão almino,
nicolas behr
e francisco alvim
em ouro preto
lost zweig,
filme de sylvio back
©milla jung
Dentro da
programação da 11ª Mostra de Cinema de
Ouro Preto (CineOP), exibição do premiado filme Lost Zweig, do premiadíssimo diretor Sylvio Back, dia 26 de junho,
domingo, no Cine Vila Rica, às 18 h.
Baseado em fatos
reais
Falado em inglês
(No Brasil é
exibido com subtítulos em português)
35mm., cor,
114min.
Sinopse
Última semana de
vida do escritor judeu austríaco Stefan
Zweig, autor do livro Brasil, País
do Futuro e de sua jovem mulher, Lotte,
que num pacto cercado de mistério, se suicidam em Petrópolis (RJ) após o
Carnaval de 1942, ao qual haviam assistido. Um gesto que ainda hoje, sessenta
anos depois, desperta incógnitas e assombro pela sua premeditação e caráter
emblemático.
Elenco
Rüdiger Vogler, Ruth Rieser, Renato Borghi, Daniel
Dantas, Ney Piacentini, Claudia Netto, Juan Alba, Ana Carbatti, Odilon Wagner, Kiko Mascarenhas, Katia
Bronstein, Denise Weinberg, Michael Berkovich, Felipe Wagner, Carina
Cooper, Silvia Chamecki, Thelmo Fernandes (como Orson Welles), Isaac Bernat, Alexandre Ackerman, Garcia
Júnior, Jorge Eduardo, Marcela Moura e Waldir Onofre.
Ficha técnica
Produção USINA
DE KYNO
Co-produção
CALLA PRODUCTIONS (EUA)
ESTÚDIOS MEGA/TIBET FILME
LABO CINE DO BRASIL
QUANTA
RIOFILME
TV CULTURA DE SÃO PAULO
Produtor associado
ANDREW HOOD
Patrocínio BANESPA, BCN, BNDES, BR DISTRIBUIDORA, COPEL,
ELETROBRÁS, FINEP, SANEPAR, MINISTÉRIO DA CULTURA.
Apoio FUNDAÇÃO CULTURAL PETRÓPOLIS e PREFEITURA DE
PETRÓPOLIS
Produtor Sylvio
Back
Produção Executiva
Margit Richter
Diretor de Produção
Tininho Fonseca
Argumento Sylvio
Back
Roteiro Sylvio
Back e Nicholas O'Neill
Baseado no livro
"Morte no Paraíso", de Alberto Dines
Casting Internacional
Andrew Hood e Tree Petts (Europa)
Casting Nacional
Ruy Brito e Cibele Santa Cruz
Diretor de Fotografia
Antonio Luiz Mendes
Diretor de Arte
Bárbara Quadros
Figurinos
Ticiana Passos
Cenografia
Rostand Albuquerque
Montagem e edição
Francisco Sérgio Moreira
Trilha musical
Guilherme Vergueiro
Raul de Souza
Direção Sylvio
Back
Ano de Produção/2003
Enredo
Lost Zweig narra a
derradeira ronda que o escritor judeu austríaco Stefan Zweig (60 anos), autor do famoso livro, Brasil, País do Futuro, e sua jovem esposa, Lotte (33), empreendem ao tempo e à morte. Tudo transcorre entre o
domingo de Carnaval e a segunda-feira da semana seguinte, 23 de fevereiro de
1942, nas cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro. Em biografias que se sucedem
deste então, principalmente, na Europa, excetuando-se a do jornalista
brasileiro Alberto Dines, Morte no Paraíso (1981), na qual é
baseado o roteiro de Lost Zweig,
todas remetem à vida e obra do escritor em Viena, Paris, Londres e Nova Iorque,
e nenhuma detém-se em esmiuçar os seus dias terminais entre nós.
Além de alguns
programas de televisão europeus e o documentário Zweig: A Morte em Cena (43 min., cor/PB), de Sylvio Back, produzido pelo Instituto Goethe do Rio de Janeiro em
1995 para a TV alemã por assinatura, 3Sat, Lost
Zweig é o primeiro filme de longa-metragem, com exibição e distribuição
internacionais — cujo roteiro, calcado na obra e correspondência do escritor e
no testemunho de contemporâneos — a ficcionar a tragédia dos Zweig no Brasil.
A originalidade
de Lost Zweig reside, exatamente, no
resgate ficcional da "vida brasileira" de Stefan Zweig, uma espécie de elo perdido da sua biografia: a tensão
entre as recordações da "dourada era da segurança" europeia
pré-Hitler e a nostálgica ilusão de reencontrá-la no Brasil; Zweig, sofrendo
com o exílio, é hostilizado pela publicação de Brasil, País do Futuro; o inusitado encontro dele com o Orson
Welles filmando o seu inconcluso documentário It's All True, e as perigosas relações do escritor com a ditadura
Vargas tentando obter vistos de permanência no Brasil para judeus que fogem,
como ele, da perseguição nazista na Europa.
Tudo permeado por
um tortuoso conflito entre a ex-mulher Friderike e a atual, Lotte, enquanto ele
vai se deixando levar pela idéia da morte como o supremo sacrifício de um
humanista ante a decadência moral do mundo.
Apaixonado pelo
Brasil desde a primeira visita em 1936 — "... se algures na Terra existe o
Paraíso, não pode estar longe daqui" (fazia suas as palavras de seu
biografado Américo Vespúcio) —, Zweig veio mais duas vezes, e na segunda em
1941, para ficar, fugindo do nazismo que já lhe queimara os livros em praça
pública.
Autor de mais de
cinquenta novelas, romances, poesia e inúmeras biografias, Stefan Zweig acredita na inevitável vitória da barbárie
nacional-socialista, de que a Europa toda cairia definitivamente sob o jugo de
Hitler. Esses presságios, que pontuam a narrativa de Lost Zweig, o enlouquecem
nos últimos meses de vida.
Sobrecarregado
pelas evidências da guerra (Pearl Harbour, a queda de Cingapura), imbricado a
uma crescente crise pessoal, Zweig prepara-se — quase cientificamente — para o
fim. E mata-se com a esposa num pacto escamoteado aos poucos e mais fiéis
amigos. Na carta-testamento, que é uma declaração de amor ao Brasil, confessa: "Eu,
demasiadamente impaciente, vou-me antes".
Morreu tão só
quanto viveu, mas, com certeza, desiludido com a provisória neutralidade da
América do Sul: navios mercantes brasileiros são torpedeados por submarinos
nazistas na costa do Atlântico. Stefan
Zweig teria dito ao ouvir a notícia no "Repórter Esso": "A
guerra chegou ao paraíso!"
Em Lost Zweig, Stefan Zweig — como homem e intelectual de vocação cosmopolita —
erige-se de uma modernidade a toda prova, ele que defendia uma Europa sem
passaportes e com moeda única, era um pacifista, antibelicista e humanista,
militante solitário de suas idéias e convicções. Um homem à frente de seu
tempo. E de todos os tempos.
Breve fortuna crítica
"O resultado
é um filme sóbrio, melancólico e politizado, que se distingue do gênero biopic
porque lhe interessa menos a reconstituição histórica estrita e mais a
percepção de um país e de uma época sob os olhos de um estrangeiro". – Cássio Starling Carlos ("Folha de
S.Paulo", 02.2008).
"Notável
pela qualidade da encenação em seus vários aspectos — como fotografia, trilha
musical, interpretação, cenários e figurinos — a recriação dirigida por Sylvio
Back concentra-se nos últimos dias de Zweig". – Sérgio Rizzo (História Viva/2004).
"A História,
para Sylvio Back, não é uma mocinha recatada a quem se deva respeito. É antes
uma puta sempre aberta à livre dramatização e às licenças da metáfora. Seu
partido é o da dúvida, do questionamento das certezas. Assim foi com as missões
jesuíticas ("República Guarani"), a guerra do Paraguai ("Guerra
do Brasil"), a participação do Brasil na II Guerra Mundial ("Rádio
Auriverde"). Assim é com a "vida brasileira" de Stefan Zweig,
que ele retrata no ritmo compassado e solene de um réquiem". – Carlos Alberto de Mattos, crítico de
cinema e escritor ("O Globo", 2007)
"E Sylvio
Back lança seu cruel retrato dos últimos dias de Zweig no Brasil. A crueldade
está hoje associada aos temas horríveis, porém banalizados na violência dos
jornais (...) Só que a crueldade é mais forte quando descrita por um poeta como
Back e sua destreza em misturar ficção e realidade sobre um monstro sagrado
como Zweig e mostrar um Getúlio Vargas cruelmente diminuído e o filme faz-nos
voltar ao cinema que vem do início dos 70. Back faz um filme em inglês sem ser
subserviente. A perda da língua e da territorialidade. Precário e intolerante
ou insolente". – Guilherme Zarvos,
poeta.
"Back
equilibra de modo notável o íntimo e o épico, a atenção ao personagem e a sua
circunstância: o humanista desterrado e o fascismo cordial brasileiro, onde a
festa e a barbárie convivem de forma inextricável". – José Geraldo Couto, crítico de cinema e escritor ("Folha de S.
Paulo, 2007).
no rio de janeiro
cursos de aprimoramento e
profissionalização
da estação das letras
Estação das Letras investe na preparação de
profissionais em pleno encolhimento do setor e na geração de livros mais bem
produzidos. Grade de férias conta também com ícones da literatura nacional e com
o português Gonçalo Tavares
No Brasil,
existem mais de 500 editoras, que estão sendo atingidas, no quarto mês
consecutivo, pela crise e pelo encolhimento do setor, principalmente em relação
às vendas. Na contramão dessa realidade, profissionais buscam cursos de
aperfeiçoamento para elevar o padrão de qualidade dos serviços e produtos
levados ao consumidor e investem em qualificação e profissionalização para dar
a volta por cima.
Atenta a este
movimento, a Estação das Letras traz
em sua programação de cursos para as férias
de julho — de 4 a 31 de julho —
aulas para escritores, editores e empreendedores interessados no mercado e em
novas tecnologias de comercialização, profissionais de comunicação e marketing.
Produtores culturais e estudantes também vão encontrar a experiência de profissionais
atuantes em diversas etapas da cadeia produtiva.
Com temas como Lancei meu livro. E agora? — Como conquistar a rede e a mídia, no
qual o autor do público-jovem Marcelo
Costa ajuda escritores iniciantes a multiplicar a visibilidade do seu
livro; Revisão e Copidesque, para
auxiliar na habilitação de profissionais a trabalhar como editores de texto,
copidesques e revisores de provas a partir da experiência do jornalista Alvanísio Damasceno; e Novos Autores e o Mercado Editorial,
com o ponto de vista do escritor carioca de literatura policial Raphael Montes sobre a viagem que o
livro faz na contemporaneidade, dos originais à mesa do editor, e suas principais etapas, a Estação tem como objetivo proporcionar à comunidade interessada em
ingressar de forma segura no mercado editorial , cursos que atendam com rapidez
e eficiência às necessidades dos profissionais.
Os gerentes de
Marketing das editoras Record, Happer Collins Brasil e Sextante, Bruno Zolotar, Daniela Kfuri
e Mariana Souza Lima,
respectivamente, integram esse bloco de cursos para o mercado editorial e
compartilham suas vivências sobre estratégias de publicidade, promoções,
eventos, mídia social, pontos de venda, entre outras ações para conseguir
transformar os livros em sucesso, durantes os encontros de Marketing para o Mercado Editorial. Já o fundador da Casa da Palavra e da Imã Editorial, Julio Silveira, fala sobre O
Poder do Autor Digital e contribui para a discussão acerca da literatura
digital, mostrando as ferramentas e estratégias para o autor produzir,
publicar, vender e divulgar seus livros digitais sem custos e sem editoras. O
autor da biografia Roberto Carlos em
Detalhes (Ed. Planeta), Paulo Cesar
de Araujo, lança mão da sua trajetória como biógrafo e revela, em Escrevendo Biografias, o que é uma
biografia, como se estrutura e se realiza uma pesquisa, a técnica de
entrevistas, contextualização histórica, o cruzamento de informações e,
finalmente, como a pesquisa se transforma em livro.
A programação
completa está disponível no site da Estação
e conta ainda com aulas sobre gêneros literários e destacados escritores do
cenário nacional, tais como: Antonio
Cícero (Poesia e Filosofia); Sergio
Sant'Anna, Eucanaã Ferraz e João Bosco (Carpintaria Literária) e Braulio Tavares (Lições de Escrita de Jorge
Luis Borges), entre outros, e internacional, com a presença do português Gonçalo Tavares (A Literatura e Os Grandes
Temas da Cultura Contemporânea). Tavares
explora a intertextualidade entre pensadores e poetas, abordando ciência,
saúde, razão e loucura, o corpo e suas
relações de poder, a identidade e outros temas que atravessam a produção de
autores e pensadores da contemporaneidade.
Como novidades a Estação aposta na estreia da poeta Alice Ruiz, autora de 21 livros, e Antônio
Carlos Viana, autor de Jeito de
Matar Lagartas (Cia. das Letras, 2015). Ela conduz a Oficina de Haikai para convencer o público de que no fundo de cada
um existe um poeta louco para despertar; ele propõe um Mergulho
no Conto para apresentar a evolução do gênero do século XIX aos dias
atuais, ensinar a começar e terminar um texto, além de trabalhar a linguagem
específica desta forma de narrar.
A diversidade de
temas, segundo Suzana Vargas, é a
tentativa de disponibilizar aos alunos cariocas e aos que procuram a Estação das Letras nessa época do ano
toda a diversidade de ofertas com as quais a instituição trabalha nos cursos
regulares.
As inscrições
estão abertas aqui: www.estacaodasletras.com.br e pelo tel.: 21 3237-3947. A
Estação fica na Marquês de Abrantes, 177, no Flamengo.
Sobre a Estação
Nascida para
concretizar um sonho pessoal de sua criadora, a poeta e mestre em teoria
literária Suzana Vargas, e de um
grupo de escritores, entre eles Flávio
Moreira da Costa, Victor Giudice,
Sérgio Sant'Anna e Antônio Torres, a Estação das Letras tem 19 anos, uma bagagem de mais de 15 mil
alunos em sua trajetória, e é reconhecida como reduto da literatura nacional no
meio do caminho entre o Centro e a Zona Sul do Rio de Janeiro.
A grade de aulas
disponibiliza cursos regulares, que duram até quatro meses, oferecidos nas
modalidades Introdução e Avançado, e cursos mais rápidos de um ou dois meses,
workshops, ciclos de palestras, além de aulas rápidas aos sábados. Em 2015,
inaugurou ainda seu "Núcleo de Línguas e Literaturas Estrangeiras",
para difundir o ensino de idiomas estrangeiros no contexto de suas literaturas.
Dessa história
merece reverência ainda o serviço fixo de análise de originais, criado há uma
década, atendendo a autores de todas as regiões do país.
Para empresas, há
cursos direcionados aos funcionários, com o objetivo de treinar a escrita
adequada e estimular as capacidades criativa e interativa dos funcionários, bem
como ampliar os conhecimentos culturais dos mesmos. A LiterÁrea, livraria da Estação,
é um polo à parte para reuniões, lançamentos, confraternizações e, claro, venda
de obras escolhidas com muito cuidado.