23 de abr. de 2015

em belo horizonte
cavalo motor,
de makely ka








em são paulo
as cidades invisíveis,
com luiz gê e lourenço mutarelli







a cozinha da doidivana,
com ivana arruda leite, lourenço
mutarelli e lucimar mutarelli








caminhos cruzados,
de paulo carneiro




Autor destaca a conversão forçada em Portugal, a resistência à Inquisição, o oásis de liberdade
no período de Nassau no Nordeste e as marcas culturais fincadas ao longo da jornada

Descendente de cristãos-novos, com influências negra, indígena e holandesa, o pernambucano Paulo Carneiro narra em Caminhos Cruzados a história dos judeus do Recife no século XVII, que construíram a primeira sinagoga das Américas. A saga começa com a expulsão da Espanha, em 1492, e avança até 1654, quando 23 judeus oriundos de Pernambuco desembarcam na então colônia holandesa de Nova Amsterdã e fundaram o que viria a ser a comunidade judaica de Nova York, a segunda maior do mundo depois de Israel. O livro será lançado pela editora Autografia no dia 26 de abril, durante a segunda edição da feira do livro judaico em português, na sinagoga Beit Yaacov, em São Paulo.

Carneiro ainda recupera detalhes do ambiente em que se deu a diáspora espanhola, passando pelo abrigo em Portugal, a participação de cientistas judeus no projeto das explorações marítimas e a conversão forçada ao catolicismo, em 1497. Além disso, conta como foi a batalha movida pelo rei D. João III junto ao Vaticano para instalar a Inquisição no reino, marco da decadência do império marítimo português, segundo o historiador norte-americano David Landes. 

Para o autor, Caminhos Cruzados recupera um capítulo importante da história do Brasil, geralmente ofuscado pelo brilho da Corte de Maurício de Nassau, que contribui para o estudo e a formação dos brasileiros. "Busquei trazer pontos marcantes da trajetória dos judeus à obra. Entre eles que no Recife, a sinagoga Zur Israel, hoje restaurada, é espelho dessa herança, assim como a Ponte Maurício de Nassau, originalmente construída pelo judeu Baltazar da Fonseca. Em Nova York, as lápides do primeiro cemitério ostentam nomes de judeus pernambucanos e a Estátua da Liberdade traz no pedestal um poema de Emma Lazarus, descendente dos pioneiros saídos do Brasil", conta o escritor.

Com mais de 200 páginas, a narrativa do autor é didática. A exigência na escolha dos detalhes de todo o conteúdo também se estende ao título, que busca uma relação entre os personagens e as situações enfrentadas, fazendo com que os caminhos se cruzem de forma literal ou metafórica.

Lançamento do livro Caminhos Cruzados a vitoriosa saga dos judeus do Recife no século XVII — da expulsão da Espanha à fundação de Nova York

Data: 26/4/2015
Horário: às 17 h
Local: Sinagoga Beit Yaacov
Endereço: Rua Veiga Filho, 547 - Santa Cecília

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