em belo horizonte
cavalo motor,
de makely ka
em são paulo
as cidades invisíveis,
com luiz gê e lourenço
mutarelli
a cozinha da doidivana,
com ivana arruda leite,
lourenço
mutarelli e lucimar
mutarelli
caminhos cruzados,
de paulo carneiro
Autor
destaca a conversão forçada em Portugal, a resistência à Inquisição, o oásis de
liberdade
no
período de Nassau no Nordeste e as marcas culturais fincadas ao longo da
jornada
Descendente de
cristãos-novos, com influências negra, indígena e holandesa, o pernambucano Paulo Carneiro narra em Caminhos Cruzados a história dos judeus
do Recife no século XVII, que construíram a primeira sinagoga das Américas. A
saga começa com a expulsão da Espanha, em 1492, e avança até 1654, quando 23 judeus
oriundos de Pernambuco desembarcam na então colônia holandesa de Nova Amsterdã
e fundaram o que viria a ser a comunidade judaica de Nova York, a segunda maior
do mundo depois de Israel. O livro será lançado pela editora Autografia no dia
26 de abril, durante a segunda edição da feira do livro judaico em português,
na sinagoga Beit Yaacov, em São Paulo.
Carneiro ainda
recupera detalhes do ambiente em que se deu a diáspora espanhola, passando pelo
abrigo em Portugal, a participação de cientistas judeus no projeto das
explorações marítimas e a conversão forçada ao catolicismo, em 1497. Além
disso, conta como foi a batalha movida pelo rei D. João III junto ao Vaticano
para instalar a Inquisição no reino, marco da decadência do império marítimo
português, segundo o historiador norte-americano David Landes.
Para o autor, Caminhos Cruzados recupera um capítulo
importante da história do Brasil, geralmente ofuscado pelo brilho da Corte de
Maurício de Nassau, que contribui para o estudo e a formação dos brasileiros. "Busquei
trazer pontos marcantes da trajetória dos judeus à obra. Entre eles que no
Recife, a sinagoga Zur Israel, hoje restaurada, é espelho dessa herança, assim
como a Ponte Maurício de Nassau, originalmente construída pelo judeu Baltazar
da Fonseca. Em Nova York, as lápides do primeiro cemitério ostentam nomes de
judeus pernambucanos e a Estátua da Liberdade traz no pedestal um poema de Emma
Lazarus, descendente dos pioneiros saídos do Brasil", conta o escritor.
Com mais de 200
páginas, a narrativa do autor é didática. A exigência na escolha dos detalhes
de todo o conteúdo também se estende ao título, que busca uma relação entre os
personagens e as situações enfrentadas, fazendo com que os caminhos se cruzem
de forma literal ou metafórica.
Lançamento do livro Caminhos Cruzados a vitoriosa saga dos judeus do Recife no
século XVII — da expulsão da Espanha à fundação de Nova York
Data: 26/4/2015
Horário: às 17 h
Local: Sinagoga Beit Yaacov
Endereço: Rua Veiga Filho, 547 - Santa Cecília
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