22 de nov. de 2017

no rio de janeiro
leituras imperdíveis:
luciana hidalgo


27 de novembro, às 18h30 | Livraria Leonardo da Vinci: Av. Rio Branco, 185 - Subsolo – Centro

O Instituto Estação das Letras e a Livraria Leonardo da Vinci convidam para a quarta edição de Leituras Imperdíveis. O evento, uma parceria entre o Instituto e a Da Vinci, contará com a presença da escritora Luciana Hidalgo, que falará sobre a sua obra e lerá trechos selecionados do romance Rio-Paris-Rio, livro lançado em 2016. O Leituras Imperdíveis tem curadoria e mediação de Leonardo Villa-Forte e João Paulo Vaz.

Luciana Hidalgo é doutora em Literatura Comparada pela UERJ e pesquisadora-associada à Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3, na França, onde fez seu pós-doutorado. Entre outros títulos, Luciana é autora de O passeador (Rocco), livro que une elementos biográficos e ficcionais em torno de Afonso (o jovem escritor Lima Barreto) e de Rio-Paris-Rio (Rocco), romance sobre alegrias e angústias de dois jovens brasileiros exilados em Paris em 1968.




destino... portugal, sonho ou realidade?,
de marcelo migowski ferreira

Sonho X Pesadelo
Livro alerta para a necessidade de planejamento em mudança do Brasil para Portugal

Trabalhar, estudar, viver com mais segurança ou aproveitar a aposentadoria com boa qualidade de vida. As razões que já levaram mais de 100 mil brasileiros a viver em Portugal são mote para muitas análises sociais e econômicas.

Para colaborar com essas discussões e apresentar contribuições extras, o mercado recebe na reta final de 2017 Destino... Portugal, sonho ou realidade? (Autografia), o primeiro livro sobre o que não pode ser desconsiderado quando se decide trocar Brasil por Portugal.  O lançamento com sessão de autógrafos será em 25 de novembro, na Casa de Viseu (Rua Chamberlland 40/50, Vila da Penha), a partir das 16h.

A obra, que motivou também a criação da fanpage — www.facebook.com/livrodestinoportugal — mostra como a falta de planejamento pode ter como resultados prejuízos com atendimento médico, subemprego e remuneração incompatível, desvio de função de quem tem nível superior para uma menos qualificada e até o não reconhecimento de direito a aposentadoria, por exemplo.

Marcelo Migowski Ferreira, cidadão luso-brasileiro, viajante contumaz a Portugal, adepto da cultura, gastronomia e do estilo de vida local, escreveu esse guia baseado na experiência pessoal e na de brasileiros com quem teve a oportunidade de encontrar durante suas estadas no país. O objetivo do livro é organizar informações, apresentar alternativas e fornecer as fontes de consulta para aprofundamento, de acordo com os interesses de cada pessoa, para permanecer na terrinha.

"Uma mudança de país envolve muito mais que uma troca de moradia. Passa por questões legais, financeiras, trabalhistas e culturais, entre outras", explica ele. Segundo o autor, entre as dificuldades que podem pegar os menos preparados de surpresa estão os direitos e as garantias previstas na legislação de Portugal e em diversos acordos com o Brasil. O prazo para fazer coisas simples, como abrir uma conta bancária, alugar ou comprar um imóvel, comprar um automóvel e até mesmo conseguir um emprego pode se estender por muito tempo pela falta de documentos.

Marcelo preocupou-se em mostrar o passo a passo, desde a obtenção da nacionalidade para descendentes de portugueses ou vistos nos demais casos, as formas de legalizar-se no país, a conquista de documentos básicos — NIF (CPF), Carta de Condução (CNH) e Cartão de Saúde para usar os hospitais públicos —, a abertura de conta bancária, transferência de dinheiro e diploma e matrícula de  filhos em escolas. "Tudo aquilo que envolve uma mudança de país e a sua reestruturação como cidadão", reforça.

Reflexos na economia, saúde e educação
O caso do NIF (Número de Inscrição Fiscal), similar ao CPF no Brasil, é conseguido apenas por quem tem residência em Portugal ou um responsável fiscal, é um exemplo. Outra questão importante é a transferência de recursos. Desde junho de 2013 a Receita Federal do Brasil vem taxando em 25%, a título de imposto de renda retido na fonte, rendimentos recebidos por pessoa física. Isso quer dizer que até quem recebe apenas um salário mínimo é tributado em 25%.

Numa transferência programada o valor será convertido pelo câmbio do dia automaticamente, mesmo que este seja desfavorável e esteja em alta. Hoje, contudo, temos existem diversas formas de realizar transferências internacionais seguras e de baixo custo. "Para aproveitar estes benefícios legais basta vir ao Brasil uma vez por ano e manter seu domicílio fiscal", indica o autor.

Marcelo traz também uma dica importante para quem quer validar seu diploma: é possível enviar o programa de disciplinas cursadas para análise em Portugal como documento único, ao invés de vários documentos para cada disciplina. Só nesse procedimento uma pessoa que cursou 60 disciplinas deixa de gastar aproximadamente R$ 3.000,00 para gastar pouco mais de R$ 50,00.

Essas e outras questões legais e financeiras fazem parte do itinerário do livro, que traz ainda links oficias de órgãos brasileiros e portugueses fornecidos por meio de 45 QR codes, distribuídos nos capítulos para esclarecimento de detalhes importantes na mudança.

Sobre o autor
Marcelo Migowski Ferreira tem licenciatura plena em Educação Física pela Universidade Castelo Branco (UCB-RJ), é graduado em Fisioterapia pela mesma universidade. Com experiência na área de coordenação de professores e estagiários de Educação Física e atendimento de Fisioterapia motora e respiratória em idosos, possui também especialização em Docência do Ensino Superior pela AVM – Cândido Mendes.

Serviço
Destino... Portugal, sonho ou realidade?
Autor: Marcelo Migowski Ferreira
Editora: Autografia
Págs. 120 páginas | Formato: 14x21 | Preço: R$30,00

Informações para a imprensa
Andréa Drummond – dea.drummond@dedicatacomunicacao.com.br | (24) 98824-1512



tiradentes carioca — as relações dos inconfidentes mineiros com o rio de janeiro,
de andré luis mansur e ronaldo morais


30 de novembro, às 19h | Livraria Arlequim/Paço Imperial: Praça XV de Novembro, 48 - Centro

Tiradentes Carioca fala das relações que os inconfidentes mineiros tiveram com o Rio de Janeiro, principalmente Joaquim José da Silva Xavier, seu personagem mais famoso, alçado à condição de mito após a proclamação da República. Tiradentes teve várias passagens pela então capital da mais rica colônia portuguesa, seja aquartelado com sua tropa no bairro do Leme, desenvolvendo projetos de canalização de rios que seriam apreciados pela rainha Maria I (a mesma que assinaria sua sentença de morte), curando pessoas com ervas medicinais e fazendo articulações políticas, muitas vezes de forma nada discreta.

O quarto livro da dupla André Luis Mansur e Ronaldo Morais (falecido em 2015) trata de um tema não muito explorado na Inconfidência Mineira, que é a relação que os inconfidentes mineiros, em especial Tiradentes, tiveram com pessoas e lugares no Rio de Janeiro, como Darcy Ribeiro ressaltou numa entrevista citada no livro: "Aqui ele viveu, aqui ele conspirou, aqui ele foi enforcado e esquartejado numa festa enorme em que a nobreza, os militares, o clero e a justiça, enfim, todos comemoraram a morte daquele que se levantou contra a rainha D Maria I, a Louca. E aqui para o Rio ele teve grandes projetos".

Entre os projetos citados por Darcy Ribeiro estava o de canalizar águas do rio Maracanã e dos córregos Catete e Andaraí para melhorar o abastecimento na área central da cidade, projeto que, apesar de ter chegado ao conhecimento da rainha Maria I, foi boicotado devido aos interesses daqueles que vendiam água aos moradores através de escravos e que teriam seus comércios prejudicados com o projeto de Tiradentes. "A canalização dos rios, se fosse concretizada, levaria água com muito mais facilidade aos moradores, através de chafarizes, o que daria grande prejuízo a estes comerciantes, que, aliás, tinham grande influência no Senado da Câmara, a instituição que poderia ajudar a aprovar os projetos de Tiradentes. Era um lobby muito poderoso na época, embora esta palavra ainda estivesse longe de ser usada".

A primeira passagem de Tiradentes pela cidade ocorreu com a sua tropa, o Regimento dos Dragões, onde servia como alferes. Devido à ameaça de uma invasão espanhola, o regimento ficou durante três anos no Reduto do Leme, construção que existe até hoje, e nesse período Tiradentes pôde conhecer bem a cidade. Suas andanças como militar, aliás, o fizeram desbravar como ninguém o Caminho Novo, a estrada que ligava Vila Rica (atual Ouro Preto) ao Rio de Janeiro e na qual era transportado o ouro das Minas Gerais até o porto do Rio, onde era embarcado para Lisboa. O comandante de Tiradentes, Francisco de Paula Freire de Andrada, também era inconfidente e tinha uma relação forte com o Rio de Janeiro, pois era sobrinho de Gomes Freire de Andrada, governador do Rio de 1733 a 1763.

Mansur e Morais começam e terminam o livro falando do momento mais dramático da Inconfidência Mineira, o enforcamento de Tiradentes, dando todos os detalhes daquele fatídico 21 de abril de 1792. O livro não mergulha fundo no movimento em si, já que o foco aqui é outro, mas o explica de forma leve e agradável, dando destaque a personagens não tão conhecidos, e muito emblemáticos, como o padre José da Silva e Oliveira Rolim, o responsável pelo único momento de tiroteio na Inconfidência Mineira, e o advogado carioca José de Oliveira Fagundes, que fez o que pôde para tentar salvar os inconfidentes presos.

Os autores ressaltam que muitos comerciantes cariocas, boa parte ligados à maçonaria, apoiaram o movimento, interessados na independência de Portugal. José Joaquim da Maia e Barbalho era filho de um desses comerciantes. Estudante na Universidade de Coimbra, em Portugal. José Joaquim teve contato com Thomas Jefferson, então embaixador norte-americano na França, e mostrou a ele os planos da Inconfidência Mineira. Jefferson se interessou bastante pelo assunto e prometeu ajuda através de uma esquadra. A grande questão levantada neste encontro, e que já foi estudada por muitos pesquisadores, é a possível presença de Tiradentes no encontro com Thomas Jefferson.

Mansur e Morais também mostram que Joaquim Silvério dos Reis, o traidor do movimento com a sua "delação premiada", não teve uma vida fácil no Rio de Janeiro. Foi preso durante alguns meses na Ilha das Cobras e chegou a sofrer atentados na cidade, provando que a Inconfidência Mineira de fato tinha muito apoio no Rio. Só depois é que ele receberia as benesses pela sua denúncia do movimento.

Os autores também fazem uma descrição detalhada de como era o Rio de Janeiro naquele final do século XVIII e na parte final do livro a cidade assume o protagonismo da história, pois os inconfidentes foram sendo presos e levados para os seus porões e calabouços escuros e úmidos. Nesse ponto Mansur e Morais fazem um levantamento minucioso do destino e das datas de prisão de cada um deles, corrigindo, por exemplo, um erro muito comum, repetido até hoje, de que Tiradentes teria ficado preso na Cadeia Velha, demolida em 1922 e onde fica o prédio da Assembleia Legislativa (Alerj), que inclusive ostenta uma estátua do alferes na frente do prédio. Tiradentes, na verdade, ficou preso na Ilha das Cobras (sua cela ainda existe no prédio da Marinha) e no Hospital da Ordem Terceira da Penitência, que ficava no Largo da Carioca. Ele só foi para a Cadeia Velha, junto com os outros inconfidentes, nos três dias de leitura da sentença (de 18 a 21 de abril de 1792), ficando todos acorrentados na Sala do Oratório, enquanto em volta a população respirava ansiosa pelo desfecho daquela história que se arrastava por três anos nas prisões da cidade: "Por todo o centro da cidade do Rio de Janeiro havia um frisson, um burburinho, pessoas amontoadas pelas ruas enfeitadas, nas janelas dos sobrados, espiando pelas rótulas, todos na expectativa de algo grande, de algo que iria marcar a História não só da cidade, como do Brasil".

Sobre os autores
André Luis Mansur é jornalista e escritor, autor de 11 livros, entre eles O Velho Oeste Carioca, Marechal Hermes — a história de um bairro, A rebelião dos sinais e Fragmentos do Rio Antigo (todos pela Edital), este com Ronaldo Morais. Trabalhou em jornais como "Tribuna da Imprensa", "Jornal do Brasil" e "O Globo", onde publicou mais de cem críticas literárias.

Ronaldo Morais era médico e pesquisador da História do Rio de Janeiro. Fotografou, desde a década de 70, diversos monumentos históricos do Rio de Janeiro. Publicou, junto com André Luis Mansur, os livros Fragmentos do Rio Antigo, Violência no Rio Antigo e A invasão francesa do Brasil, todos pela Edital. Morreu em 2015, no Rio de Janeiro.




em são paulo
19ª festa do livro na usp







cena de poesia: o poema como ato/encenação:
cavalodada, em o astronauta cruza a rua







sarau da paulista
org. rubens jardim


26 de novembro, às 15h | Av. Paulista esquina com Rua Peixoto Gomide




o narrador e a narrativa na contemporaneidade,
com joão carrascoza, marcelo rubens paiva,
lourenço mutarelli, marcio seligmann-silva & cia.



O seminário O narrador e a narrativa na contemporaneidade, promovido pelo Grupo de Pesquisa O narrador e as fronteiras do relato, da PUC-SP, vai reunir, no próximo dia 30 de novembro, autores e críticos literários para debater sobre narrativas na contemporaneidade. Marcelo Rubens Paiva, João Carrascoza, Ricardo Azevedo, Márcio Seligmann-Silva e Lourenço Mutarelli são os autores convidados do evento. A participação é gratuita.

Serviço
Seminário O narrador e a narrativa na contemporaneidade
Data: 30 de novembro, de 9h às 17h30
Local: Campus Monte Alegre (Rua Monte Alegre, 984. Perdizes), Auditório 117 A
Gratuito

Programação
9h - Testemunhos em novas chaves
Crítico literário: Márcio Seligmann-Silva (Unicamp)
Escritor: Marcelo Rubens Paiva

11h30 - Paisagens do eu
Crítica literária: Diana Klinger (UFF)
Escritor: João Carrascoza

15h - Narrador, narrativa e performance
Crítico literário: Frederico Fernandes (UEL)
Escritores: Ricardo Azevedo e Lourenço Mutarelli




oficina de criação literária,
por márcio vassalo


Por meio de casos, provocações, análise de textos, leituras, debates e histórias — sem receitas dogmáticas — o escritor e consultor literário mostra como o processo de cada um pode levar a histórias que surpreendem, seduzem e conquistam os leitores

Para o escritor e consultor literário Márcio Vassallo, escrever é uma consequência de reparar no que é aparentemente banal e sem importância e no que quase sempre passa despercebido dos nossos olhares, por conta das nossas pressas, dos nossos atropelos, das nossas urgências, de nossa incapacidade de parar para ver, e de ver para parar. No dia 25 de novembro, na Vila Mariana, Vassallo vai usar dinâmicas e exercícios nascidos a partir de reparos na poesia do dia a dia para provocar os autores participantes da Oficina de Criação Literária que ele conduz, no Lucia Moretzsohn Ateliê.

Casos, provocações, análise de textos, leituras, debates e histórias também serão ferramentas para mostrar como o processo de cada autor pode levar a histórias que surpreendem, seduzem e conquistam os leitores.

Outro recurso ao longo da oficina será a análise de um texto literário propositalmente adulterado, para que os participantes identifiquem ruídos, enxuguem excessos que obstruem o fluxo da narrativa e se sintam cada vez mais seguros para criar e recriar, sem amarras, sem gessos, com coragem para escrever com autenticidade, verdade íntima e senso crítico.

Márcio Vassallo também vai falar sobre a importância da fantasia na criação e no dia a dia da gente. "Vou dividir um pouco das minhas inquietudes, dos meus sobressaltos, das minhas perplexidades, do que me tira o sono e me acorda por dentro", diz.

Serviço
Oficina de Criação Literária com Márcio Vassallo
Data: 25 de novembro de 2017
Horário/duração: das 10h às 18h - 8 horas no total, com intervalo para almoço.
Local: Lucia Moretzsohn Ateliê - Vila Mariana
Valor por pessoa: R$ 380,00
Inscrições Whatsapp (11) 99685-9422 - Lucia Moretzsohn
(na semana anterior à oficina, o autor encomenda um texto aos inscritos da turma para trabalhá-los no encontro, apresentando sugestões e críticas para todos).
Público Alvo: escritores iniciantes ou com livros publicados e interessados em geral na arte da escrita.




socorro lira canta a poesia de
maria firmina dos reis:
com tati fraga, penélope martins
e álvaro couto







em belo horizonte
em casa,
com luiz eça & cia.







em curitiba
o rio, de rosana piccolo &
panfletos de pavônia,
de andréia carvalho gavita







em olinda
encontro do floriterárias:
só para mulheres