21 de ago. de 2015

na web
coleção prato de cerejas,
org. marisa sevilha rodrigues




Prevista para a segunda quinzena de agosto, a chegada do selo e coleção Prato de Cerejas às prateleiras das maiores megastores do mundo, como Apple, Amazon e Google Play, entre outras. O lançamento acontece no Facebook, em 25 de agosto de 2015, às 19 h. Mais uma iniciativa da editora digital e-galaxia, em parceria com a novíssima Taxi Blue Editora, o selo foi criado em abril de 2014, pela jornalista e poeta Marisa Sevilha Rodrigues. Com design gráfico de José Luiz da Silva e imagens das capas cedidas pela fotógrafa Izabel Demarchi, o selo Prato de Cerejas reúne trabalhos inéditos de sete autores, entre eles, a própria curadora do projeto, com seu terceiro livro, Cerejas Azuis da Meia-Noite.  Faz parte da coleção, os livros Geografia Perfeita para Insetos, de Edson Bueno de Camargo; Cerejas Azuis da Meia-Noite, de Marisa Sevilha Rodrigues; Afogado — Fragmentos nos Olhos, de Renato Silva; Metáforas do Tempo — A Grande Noite, de Pedro da Mota Pereira; Todas as Mulheres em Mim, de Celia Musilli; Uma Trincheira entre o Mar e os Paralelepípedos, de Jonathan Constantino e Haicais dos Sentidos, de Joana Woo.

Segundo Cecilia Camargo, que prefaciou Geografia Perfeita para Insetos,  de Edson Bueno de Camargo, "ler este livro sem interromper a leitura nos faz sentir como se fôssemos as patas dos insetos a explorar caminhos conhecidos, mas nunca devidamente explorados. É como olhar algo velho com olhos novos. Redescobrir. Cada poema nos leva a enxergar através dos olhos do poeta, por casas, jardins e espaços, um mundo real que se confunde com o mundo onírico. A presença da casa, do quintal, da rua de suas memórias, coloca em foco momentos microscópicos ou tão rotineiros que sob outros olhos passariam despercebidos, mas que são revestidos de extrema beleza como: 'um cão coleta seu latido/em uma lua descalça/que atravessa a rua molhada/diante de minha casa'. Definitivamente, Edson Bueno de Camargo leva a sério o conselho de Leon Tolstói: 'canta tua aldeia que cantarás o mundo" e ainda transcende, pois ao cantar sua geografia perfeita para insetos, canta também as estrelas'".

Já o poeta pernambucano Renato Silva, faz um bom contraponto à linguagem de Edson Bueno, pois ao contrário da delicadeza e do silêncio, Renato se impõe com uma força visceral, sem nenhum vício de linguagem, sem contaminação com outros grupos sociais, com poemas concebidos por alguém que mergulha na sua realidade crua de trabalhador de uma loja de colchões — antes disso, foi garçom e escrevia poemas no verso das comandas! — e volta à tona, trazendo entre os dentes as escamas dos peixes líquidos que é obrigado a engolir, em águas profundas e traiçoeiras, sem se deixar naufragar. "Renato Silva é um poeta pronto e daqui a alguns anos, dará muito o que falar", vaticina Marisa.

Célia Musilli —cujo e-book Todas as Mulheres em Mim, é uma reprodução digital do livro impresso e publicado em 2010 pela Atrito Arte e Editora Kan (projeto Tríade) — faz prosa poética, e seus textos são muito femininos e sensuais. A autora assume múltiplas vozes abordando temas como o desejo, o amor, a ousadia de viver e se aventurar, com pausas de reflexão sobre a solidão e a morte. Todas as Mulheres em Mim é um recorte humano a partir do feminino, em que a escrita assume um papel confidencial num diálogo interno que transborda para os leitores.

Uma grande surpresa para a autora do selo Prato de Cerejas, foi a edição do e-book de Joana Woo, a grande dama das revistas femininas na década de 90, que chegou a publicar mais de 30 milhões de revistas por ano, vendidas em banca e, quem diria, descobre-se agora que é uma rara poeta e que trás o DNA do haicai em sua genealogia. Autora da página Libertária, no Facebook, com mais de 200 mil likes, justamente para dar espaço e voz aos novos autores, ao ser convidada para participar do projeto, resolveu desafiar-se a si mesma, e produziu, em apenas um mês, cerca de quarenta poemas para o livro Haicais — Poesia dos Sentidos.  Um caminho pisado por seus ancestrais orientais, sem dúvida, mas com uma forte presença do homem ocidental. Entre o Oriente e o Ocidente, ela se equilibra nas pegadas dos seus mestres, como Bashô, docemente, como quem toca uma lira, quase desatenta.

Sobre a poesia de Pedro Mota, a professora de literatura da USP, Erica Salatini, escreveu: ela está em construção.  "O poeta é nostálgico, angustiado, encontra no passar das horas, do tempo, da própria vida, sua melhor expressão, seu ritmo desacelerado, sua sombra e sua luz. Diante do mundo das coisas-chão, o poeta se desfaz e tenta se reconstruir. A cada embate, a cada gesto, a cada novo poema. A vida é sua batalha. A poesia, sua arma de combate".  E assim, ele segue em frente, como D. Quixote, em busca de seus moinhos de vento, na vida e na literatura.

Jonathan Constantino, por sua vez, fala de pedras logo no título do seu livro, Uma Trincheira entre o Mar e os Paralelepípedos.  E não é por acaso.  O resultado de seu esforço poético é leve, mas o trabalho que ele tem para executar cada poema é hercúleo. O poeta não se satisfaz com pouco, não confia apenas nas imagens criadas pela imaginação. Ele faz questão de concretizá-las como quem usa um buril, aparando cada aresta, cortando cada excesso, tirando qualquer gordurinha extra do poema. Dividido em seis partes distintas, ordenadas pelo próprio cotidiano e o esgarçar da vida, essas partes se encaixam dentro daquilo que se denomina como novíssima literatura brasileira marcada pela presença dos elementos do dia a dia, do abandono da pesquisa antropológica, da produção individual, bem como a circulação em circuitos menores que abandonam, negam e debocham da "Sagração Acadêmica", centrando-se no correr da própria vida, das relações e circunstâncias.

E, encerrando a coleção, temos o e-book Cerejas da Meia-Noite, de Marisa Sevilha Rodrigues. De poeta ativista e marginal, nos anos 80, quando publicou seus dois primeiros livros, Anjo Descalço (1981) e Maestro de Sonhos (1983), para a internet, passaram-se mais de trinta anos. Ela mesma jamais imaginou que voltaria, depois de tanto tempo, não apenas com seu terceiro livro, mas logo com uma coleção. "É coisa de gente megalômana", brinca. E é do poeta e parceiro dessa jornada, Pedro Mota Pereira, a melhor definição para a poesia dessa autora que poderia ter se perdido nas brumas do tempo, não fosse sua intensa paixão pela literatura: "sua poética, que trata do corpo, do prazer, do nu, é contemporânea, pois estabelece a liberdade como única possibilidade de encontro. Liberdade num momento histórico,  marcado pela hipocrisia social, religiosa e cultural, em relação aos direitos das mulheres, dos homossexuais, dos negros e de todas as minorias. Manuel Bandeira, em 'Arte de Amar', declara: 'Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. /Porque os corpos se entendem, mas as almas não'. Já para a poética sevilhana, os corpos se entendem, e as almas também. Não há restrições. O voo é livre".




em belo horizonte
arteminas, com advânio lessa,
domingos mazzilli e rafael zavagli


autorretrato, de domingos mazzilli
©cristiano quintino

Novo projeto ARTEMINAS reúne artistas de linguagens e gerações
distintas nas galerias do PALÁCIO DAS ARTES

Estarão em exposição trabalhos de Advânio Lessa, Domingos Mazzilli e Rafael Zavagli

Evento: Exposição Advânio Lessa
Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Data: 21 de agosto a 20 de setembro
Horário: terça a sábado, 9h30 às 21 h
Domingos, 16 h às 21 h
Entrada gratuita

Evento: Carne Viva – Domingos Mazzilli
Local: Galeria Arlinda Correa Lima – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Data: 21 de agosto a 20 de setembro
Horário: terça a sábado, 9h30 às 21 h
Domingos, 16 h às 21 h
Entrada gratuita

Evento: Entreatos e notas – Rafael Zavagli
Local: Galeria Genesco Murta – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Data: 21 de agosto a 20 de setembro
Horário: terça a sábado, 9h30 às 21 h
Domingo, 16 h às 21 h
Entrada gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400
Informações para a imprensa:
Júnia Alvarenga l (31) 3236-7419 l (31) 8404-7084 l junia.alvarenga@fcs.mg.gov.br
Gabriela Rosa l (31) 3236-7378 l (31) 8409-1424 l gabriela.rosa@fcs.mg.gov.br
Vítor Cruz l (31) 3236-7378 l (31) 9317-8845 l vitor.cruz@fcs.mg.gov.br






em são paulo
pauliceia literária 2015




Começou a venda de ingressos para o Pauliceia Literária 2015

Desde 3 de agosto, começaram a ser vendidos os ingressos para a segunda edição do Festival Internacional de Literatura de São Paulo (Pauliceia Literária), que acontece de 24 a 26 de setembro. A edição deste ano presta homenagem ao escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza (autor em foco).

Os valores dos ingressos são os seguintes (por mesa): R$ 32,00 – para não associados; R$ 16,00 – estudantes e R$ 15,00 – para associados AASP e assinantes. A compra pode ser feita pela internet, no site www.pauliceialiteraria.com.br.

O Pauliceia Literária é um festival literário criado em 2013. O evento é bienal, acontece no auditório da AASP (Rua Álvares Penteado, 151 - Centro) e tem por objetivo promover um debate sobre literatura e os temas que se relacionam com ela, bem como fomentar mesas literárias e ciclos de cinema. O curador do Pauliceia Literária 2015 é o jornalista Manuel da Costa Pinto.

Para os organizadores, o Pauliceia Literária é um espaço importante para debates e troca de ideias com renomados escritores do Brasil e do exterior. Um incremento à cultura, indispensável ao desenvolvimento humano e profissional de todo cidadão. A iniciativa também pretende valorizar o centro da cidade de São Paulo e posicioná-lo como local de lazer e cultura.

Veja a programação do Pauliceia Literária 2015:


24/9 – Quinta
Abertura – 11h
AUTOR EM FOCO: Luiz Alfredo Garcia-Roza - Conferência de Adriano Schwartz, com a presença de Garcia-Roza e Patrícia Melo (para saudar escritor como novo "Autor em Foco")

Mesa 1 – 15 h
Viver de prazer
Ruy Castro
Heloisa Seixas

Mesa 2 - 17 h
Memória da ficção, ficção da memória
Carlos Cony
Lina Meruane (Chile)

Mesa 3 -19 h
Colecionadores de crimes
Luiz Alfredo Garcia-Roza
Jeffery Deaver


25/9 – Sexta
Mesa 4 – 11 h
Aberrações arcaicas
Bernardo Carvalho
Carlos Mello

Mesa 5 – 15 h
Galeria da história
Lira Neto
Mário Magalhães

Mesa 6 -17 h
Estados de exceção
Leonardo Padura
Martín Kohan

Mesa 7 -19 h
Lusotropicalismo
Mia Couto
José Eduardo Agualusa


26/9 – Sábado
Mesa 8 -11 h
Guetos poéticos
Tamara Kamenszain
Leandro Sarmatz

Mesa 9 -15 h
Laços de família
Paloma Vidal
Cíntia Moscovich

Mesa 10 -17 h
Hóspedes do estranho
Juliano Pessanha
Evandro Ferreira

Mais informações em www.pauliceialiteraria.com.br/menu
Informações para a imprensa:
Assessoria de Imprensa da AASP (11) 3291-9309 | 3291-9305 | 999-368-252 (com Reinaldo ou Leandro)