7 de dez. de 2019


em belo horizonte
continuar a nascer, de mônica de aquino
e poesia + de edimilson de almeida pereira


A Relicário Edições e a Editora 34 convidam para o lançamento dos livros Continuar a nascer, de Mônica de Aquino, e Poesia + (antologia 1985-2019), de Edimilson de Almeida Pereira. Haverá bate-papo com os autores e os convidados Prisca Agustoni e Gustavo Ribeiro + sessão de autógrafos.

Sábado, 14 de dezembro, às 15 h

Casa Relicário
Rua Machado, 155 - casa 1 - Bairro Floresta

Sobre os livros
Continuar a nascer foi elaborado a partir da experiência da gravidez da poeta Mônica de Aquino, das mudanças produzidas em seu corpo, tantas vezes violentas, para a constituição de uma vida. A escrita concisa e rigorosa da poeta procurou fugir aos clichês e idealizações que cercam o tema da gravidez, do parto e da maternidade, quase sempre vistos pelas lentes da realização, da completude e do sagrado, ou como um fenômeno totalmente dominável pela técnica e pela medicalização. O último trimestre de sua gestação adicionou zonas de sombra, medos e máquinas ao processo: foi descoberta uma pré-eclâmpsia grave, que levaria ao parto prematuro de sua filha. Conforme diz a professora de literatura (UFJF) e poeta Prisca Agustoni em seu prefácio: "Isso talvez nos ajude a entender porque nunca foi dada uma ênfase maior à maternidade em nossa tradição literária, fundamentalmente assentada sobre cânones masculinos. O controle por parte da sociedade sobre aquilo que lhe escapa, como é por natureza o corpo da mulher, sempre foi causa de medo e de repressão. Eis porque a voz feminina que resolve escrever sobre o seu próprio processo de gestação e de "continuar a nascer" é uma voz corajosa e necessária, por abrir perspectivas mais profundas e subjetivas sobre a releitura da representação do feminino na sociedade".

Poesia + (antologia 1985-2019) reúne quase duzentos poemas de Edimilson de Almeida Pereira, poeta e ensaísta, pesquisador das culturas populares e afrodescendentes e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora. Essa antologia, organizada pelo próprio autor em oito blocos temáticos (incluindo 34 poemas inéditos), atesta de maneira decisiva a singularidade de um percurso poético que dialoga com linhas centrais do modernismo brasileiro, mas também, com uma força raras vezes vista entre nós, incorpora vozes historicamente silenciadas e formas extremamente originais de ver/pensar o mundo, nas quais a carga de ancestralidade e o poder de invenção contemporâneo convivem e se renovam mutuamente. Poesia pensante, fortemente crítica, que se move entre a tradição literária ocidental e as matrizes culturais africanas e ameríndias, o resultado é, como observa Roberto Zular, uma escrita "esculpida na pedra dura da violência e da exclusão", e que opera sempre no limiar mais alto "da difícil potência ética do dizer".




no rio de janeiro
soda cáustica soda,
de lúcio autran


A Editora Patuá e o Grégora Arte Café convidam todos para o lançamento do livro Soda cáustica soda (poemas) de Lucio Autran. O evento, gratuito, será realizado no dia 09 de dezembro (segunda-feira), a partir das 19 h, no Grégora Arte Café: Rua Cândido Mendes, 98 - Glória. O exemplar estará à venda por R$ 40,00 (pagamentos em dinheiro e cartões de débito e crédito).

Clique aqui para comprar.




em são paulo
gravata lavada,
de pádua fernandes


A Editora Patuá e a Biblioteca Municipal Mário de Andrade convidam todos para o lançamento do livro Gravata lavada, romance de estreia de Pádua Fernandes. O evento, gratuito, será realizado no dia 9 de dezembro (segunda-feira), a partir das 19 h, no auditório da Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, entre as estações República e Anhangabaú do Metrô). O exemplar estará à venda por R$ 40,00 (pagamentos em dinheiro e cartões de débito e crédito).




o manuscrito do jovem gabriel,
de joão batista de andrade


12 de dezembro, às 19 h, em A Casa Tombada:
Rua Ministro Godói, 109 - Água Branca (Perdizes)

O Manuscrito do jovem Gabriel é um romance de uma atualidade que grita. Escrito antes do retrocesso que vivemos agora, sem qualquer espírito jornalístico ou busca de retratar com objetividade o que vivenciamos neste momento, o romance antecipa e inventa, navegando por dramas humanos com grande originalidade, fazendo com que a violência se apresente ora como acerto de contas, ora como modo de vida, ora como puro prazer.

O autor retoma aqui ideias de seu romance Um olé em Deus (1997), em que mergulha na essência do matador Davino, ex-militar, que se coloca a serviço de grupos e pessoas poderosas da periferia paulistana. "Homem de bem", trabalhador a serviço da "justiça" (justiceiro) aventureiro, poderoso matador que, apesar da frieza, ainda teme o que faz, teme a vingança dos mortos e o castigo de Deus, mais do que qualquer ameaça terrena. Para se proteger de seus fantasmas, Davino constrói uma Vila, a "Vila do Cabo", onde cada casa, inicialmente, tem as feições de cada um de seus assassinados. Com o passar dos tempos, a vila cresce e se torna uma comunidade pobre e violenta, que mantém viva a "Lenda do Cabo Divino".

Neste romance, como sinal dos tempos, a violência é filha do prazer e do exercício do poder. Não por acaso, o jovem Gabriel tem justamente em Cabo Davino seu maior ídolo, e o faz de forma atual, manuseando a história de tal maneira a se isentar da violência por suas próprias mãos, distorcendo e justificando a realidade da brutalidade, manipulando seu jovem amigo César, um ex-hacker, de origem humilde, a exercer a selvageria em seu nome.

O manuscrito do jovem Gabriel
João Batista de Andrade
Romance
Formato: 14 x 21 cm
184 páginas
R$ 40,00




expressões do indizível,
de will franco