em são paulo
um clitóris encostado na eternidade,
de matheus arcaro
Um clitóris encostado na eternidade é o novo livro de
Matheus Arcaro
Depois de três livros bem-sucedidos, tanto em público quanto
em crítica, Matheus Arcaro
publica seus poemas. Obra será lançada no dia 26 de
outubro, em São Paulo
Um clitóris encostado na eternidade,
de Matheus Arcaro, será lançado no dia 26 de outubro no Patuscada — Livraria, Bar e Café. O
autor, que já tem publicados dois livros de contos Violeta velha e outras flores e Amortalha e um romance O
lado imóvel do tempo experimenta, pela primeira vez, a poesia.
Apesar de
mergulhar no novo gênero literário, Matheus
Arcaro sempre afirmou que não se considera poeta, mas prosador. "De
qualquer modo, são anos de lapidação dos poemas, alguns que já existiam muito
antes do lançamento do meu primeiro livro, em 2014", comenta.
Ao contrário do
que muitos leitores imaginam, o escritor considera a criação poética mais difícil
que a prosa. "Na poesia, geralmente não há um enredo que sustente o texto.
A poesia é a linguagem em estado febril e, talvez por isso, ela seja a mais
útil das artes. Útil não no sentido usual, já que a poesia vale por si, mas no
sentido de excitar no humano seus estados interiores mais profundos",
complementa Arcaro.
Como aconteceu
com outros três livros do autor, este também é uma produção da Patuá, editora paulistana que vem
recebendo vários prêmios em âmbito nacional.
A obra traz 48
poemas, divididos em sete seções temáticas, cujos títulos são, no mínimo,
intrigantes: "no confessionário ou no umbigo de deus" e "na
ágora de agora ou na falta dela" são dois exemplos. Cada seção tem a
ilustração do artista Ubirajara Junior.
Com referência ao
título do livro, uma pergunta que Arcaro tem recebido com frequência: por que "um
clitóris encostado na eternidade"? A epígrafe, retirada de uma obra
inventada pelo autor, pode ser um indício. "É na arte, em especial na
poesia, que sagrado e profano se costuram".
O autor explica
que o título, na verdade, era um poema de um único verso do livro: "fazer
poesia é encostar um clitóris na eternidade". Para ele, é na poesia que se
goza o encontro entre efêmero e duradouro, entre ser e devir, entre uno e
múltiplo. A poesia é a ponte entre o orgasmo sensível e o intelectual. É a
objetivação do que é subjetivo, como escreve Manoel Herzog na orelha da obra: "o clitóris encostado na
eternidade é o próprio poeta, antena de sensibilidade que não foge às
experiências do mundo tal e qual se apresentam. Frente à eternidade, o
intelectual, o cientista, o observador, todos se concentram na figura única do
poeta, ao fim e ao cabo".
Quem é o autor
Matheus Arcaro é mestrando em
Filosofia contemporânea pela Unicamp. Pós-graduado em História da Arte.
Graduado em Filosofia e também em Comunicação Social. É professor, artista
plástico, palestrante e escritor, autor do romance O lado imóvel do tempo (Patuá, 2016) e dos livros de contos Violeta velha e outras flores (Patuá,
2014) e Amortalha (Patuá, 2017).
Também colabora com artigos para vários portais e revistas.
Serviço
Lançamento do livro Um clitóris encostado na
eternidade, poesia.
Autor: Matheus Arcaro
Data: 26 de outubro, sábado
Local: Patuscada — Livraria, Bar e Café (Rua Luís
Murat, 40 – Vila Madalena)
Horário: 19 h
Trecho da orelha, escrita por Manoel
Herzog
Para um homem que
já se lançou com proficiência notável à pintura, à filosofia, ao magistério, à
literatura em prosa, seja no romance ou nos contos muito bem urdidos, a poesia,
máximo que a expressão humana pode alcançar, era o estágio que inevitavelmente
coroaria um trabalho que vem, não diria num crescendo, pois é como se,
atemporal, nascesse maduro, mas numa constância, e muda de forma sem que se lhe
altere a essência.
Nos capítulos
deste Clitóris úmido e lancinante, que reverbera a dor do mundo (a tal "dor
e delícia de ser o que se é" de que nos fala Caetano), pode o leitor
navegar por aspectos da psicologia, da poesia, da metalinguagem, e também da
condição política, pois Matheus é mais que tudo alma sensível às mazelas que
derroem um país assolado pelo fascismo e pela ignorância. Bálsamo contra a
insensibilidade e a rudeza que grassam nos dias de hoje, a leitura da obra de
Matheus Arcaro é necessária pra se continuar vivendo.
Um poema do livro
Não ferem os
amantes
as frestas
entre as frases.
Na língua em
repouso
o desejo se
dilata
até tocar o
indizível.
A ausência das
palavras
é palco dos
olhos,
dos hálitos,
dos hábitos
despidos.
Peles, pelos e
peitos
entrelaçados,
bêbados de
presente.
Um espetáculo
em que as
proposições
são espectadoras
e aplaudem
atônitas
a eloquência dos
corpos.
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Colaboração: Gabriel Todaro e Juliana Castro
o mês que não terminou,
de francisco bosco e
raul mourão
em belo horizonte
avessos
— exposição de
selma weissmann
em curitiba
que fim levaram todas as flores,
de otto leopoldo winck
24 de outubro (quinta-feira), às 20 horas, no Mímesis
Conexões Artísticas:
Rua Celestino Júnior, 189 - São Francisco
em belém
círculo filosófico:
anarquia e antipolítica,
com acácio augusto
Círculo Filosófico. Anarquia e antipolítica. Acácio
Augusto. 24 de Outubro, às 20 h
Mediação: Nilson Oliveira
Acácio Augusto é Doutor em
Ciências Sociais (Política) pela PUC-SP. Professor no Departamento de Relações
Internacionais da UNIFESP. Pesquisador no Nu-Sol (Núcleo de Sociabilidade
Libertária). Autor do livro Política e
polícia: cuidados, controles e penalizações de jovens (Rio de Janeiro:
Lamparina, 2013).
Lançamento de livros
ANTIFA: Manual Antifascista (Mark Bray)
2013: Memórias e Resistências (Camila Jourdan)
Anarquia y Lucha ANTIPOLÍTICA - Ayer y Hoy (Acácio
Augusto)
Verme que só faz
peso na terra
Tira o zóio, tira
o zóio
Vê se me erra
Eu durmo pronto
pra guerra
E eu não era
assim
Eu tenho ódio e
sei
O que é mal pra
mim
...
Inimigo invisível
Judas incolor
Perseguido eu já
nasci
Demorô!
(Racionais Mc's
Verme sai da
reta!)
no rio de janeiro
balanço das lutas de 2019 e perspectivas
sob um ponto de vista revolucionário,
com vladimir safatle
& cia.