em são paulo
monstruário de fomes,
de ruy proença e
o desvio das gentes, de
pádua fernandes
A Editora Patuá e a Biblioteca Pública Municipal Álvaro Guerra convidam todos para o
lançamento dos livros Monstruário de
fomes (poemas), de Ruy Proença e
O desvio das gentes (poemas), de Pádua Fernandes, contemplados com o 2°
Edital de Publicações da Secretaria de Cultura de São Paulo. O evento,
gratuito, será realizado no dia 24 de
outubro (quinta-feira), a partir das
18h30, na Biblioteca Pública
Municipal Álvaro Guerra: Av. Pedroso de Moraes, 1919 - Pinheiros.
Programação
18h30 - Os poetas
Ruy Proença e Pádua Fernandes falarão sobre poesia, processo criativo, seus
livros anteriores e os novos, Monstruário
de fomes e O desvio das gentes;
19h30 - Sessão de
autógrafos dos livros O desvio das
gentes, de Pádua Fernandes e Monstruário de fomes, de Ruy Proença.
O exemplar de Ruy Proença estará à venda por R$ 38,00
e o de Pádua Fernandes, por R$ 40,00
(pagamentos em dinheiro e cartões de débito e crédito).
em porto alegre
ancestralidades
e raízes,
de ana dos santos
& cia.
Coisa de preto: coletâneas reúnem textos de escritoras
e escritores negros contemporâneos.
Durante mais de
três séculos e meio, nascer negro ou negra no Brasil — último país das Américas
a abolir a escravidão — implicou amargar condições de existência terríveis. No
entanto, ao precipitar-se para a conclusão de que tudo isso ficou para trás, comete-se
grave engano. Longe de significar o fim do terrorismo contra a população negra
por parte da elite branca, o final do século XIX brasileiro simbolizou, isso
sim, o pontapé inicial de um longo e perverso processo de aperfeiçoamento e
sutilização da mentalidade escravocrata, o qual se desenrolaria ao longo de
todo o século seguinte. Eram os alicerces do capitalismo à brasileira, onde a
desigualdade social se confunde com a questão racial; nascia, naquele distante
13 de maio de 1888, o que mais tarde chamaríamos de "racismo estrutural".
Percebendo que o
estabelecimento de uma nova dinâmica nessa estrutura passa necessariamente pelo
campo do discurso e da produção de conhecimento, escritoras e escritores negros
brasileiros apresentam novas obras para os leitores gaúchos. Os livros Raízes — Resistência Histórica Volume II
e Ancestralidades — Escritores Negros serão
autografados no dia 25 de outubro, a partir das 20 h, no Boteco do Paulista (Rua Riachuelo,
224/230). Estarão presentes na sessão de autógrafos as escritoras
porto-alegrenses Ana dos Santos e Dedy Ricardo, e a uruguaianense Dóris Soares, autoras participantes de Raízes, e os escritores
porto-alegrenses Duan Kissonde, José Falero e Tônio Caetano, participantes de Ancestralidades, obra que conta ainda com o também porto-alegrense Bruno Cardoso.
Raízes — Resistência Histórica Volume II
e Ancestralidades — Escritores Negros
são coletâneas que reúnem textos de 20 escritoras e 22 escritores negros
brasileiros, respectivamente. As obras não devem ser entendidas apenas como um
simples par de livros, mas como dois símbolos políticos, dois símbolos de
resistência e de empoderamento; como deliberada recusa ao lugar historicamente
reservado às negras e aos negros no Brasil. Raízes e Ancestralidades
compõem uma legítima insurgência nas entranhas de um país onde, não obstante a
maioria negra da população, a maior parte dos escritores publicados são
brancos.
Ancestralidades conta com texto
de orelha de GOG, prefácio de Ricardo Aleixo e apresentação de Igor Chico e Ygor Peniche. Raízes,
por sua vez, tem texto de orelha de Fátima
Trinchão, prefácio de Nina Rizzi
e Elizandra Souza, e apresentação de
Dóris Soares e Letícia Araújo. As obras chegam pela editora Venas Abiertas, de Minas Gerais.
em salvador
com armas sonolentas,
de carola saavedra
Av. Sete de Setembro, 2340 - Corredor da Vitória