em belo horizonte
onde está sebastião nunes?
Onde está Sebastião Nunes?
é a pergunta que orienta a série de atividades que serão realizadas no Espaço
Cultural Escola de Design (UEMG). Formada pela participação de diversas pessoas
que trabalharam ou conviveram com o poeta, "onde está?" é a ação de
lançar um olhar para seu trânsito por diferentes lugares de atuação artística:
poeta, editor, artista gráfico.
Ou, ainda,
procurar os lugares onde o texto de Nunes
habita, no espaço urbano entre Belo Horizonte e Sabará. Sem, contudo, esquecer
de investigar os formatos e modos de produção habilmente empregados pelo astuto
Tião. E finalmente, Onde está Sebastião
Nunes? olha com a irreverência devida para o fato de que, objeto de um
evento-tributo, o poeta se muda, sem aviso prévio, para Portugal.
:: exposição
A mostra Sebastião Nunes: Delirante Lucidez
apresenta, no Espaço Cultural Escola de
Design (UEMG), livros originais e uma análise das cinco décadas de produção
impressa do artista mineiro. Com curadoria do autor e designer Gustavo Piqueira, a exibição foi realizada
pela primeira vez na feira Miolo(s), na Biblioteca Mário de Andrade, em São
Paulo, em novembro de 2018.
A mostra fica
aberta para visitação até o dia 22 de
junho. Nesse período, a série de eventos sob o mote "Onde está Sebastião Nunes?" ativa o espaço expositivo, buscando
ampliar possibilidades de leitura da obra do poeta, contando com palestras,
performances, oficinas etc. com convidados das mais diversas áreas artísticas e
de pesquisa.
:: lançamento de
livros
Os eventos
iniciam-se no dia de 24 de maio, com
a abertura da exibição e o lançamento de dois livros da editora Lote 42, de São
Paulo: Um caso liquidado (memórias e
desvarios de um poeta inacabado), de Sebastião
Nunes e Sebastião Nunes: Delirante
Lucidez, de Gustavo Piqueira.
:: abertura da exposição
24 de maio, 19 h
Espaço Cultural Escola de Design - UEMG
R. Gonçalves Dias, 1400 - Funcionários
24 de maio a 22 de junho
Visitação aberta: quarta a sábado de 14 h às 19 h
Para agendamentos em outros horários, ligar para
3439-6514 ou enviar email para ascom.design@uemg.br.
tremor,
de armando freitas filho
&
luis matoso
em são paulo
algaravia!
com ricardo aleixo
& seus pares de leitura:
curadoria tarso de melo
vozes versos:
caio meira, marcelo montenegro
e simone brantes
Tapera Taperá: Av. São Luís, 187 - 2º andar - loja 29-
Galeria Metrópole
inpróprio:
a origem é um lugar seguro:
curadoria marcelo salles
o não ao manicômio:
fronteiras, estratégias e perigos,
de andré nader
estação
liberdade:
30 anos!
Editora Estação Liberdade:
30 anos de explorações literárias e descobertas em
humanas
Em 2019, a Editora Estação Liberdade chega a seu
trigésimo ano de atividades no mercado editorial brasileiro. A editora surgiu a
partir do Círculo do Livro,
inicialmente um selo literário do grupo Ática-Scipione, que se tornou
independente. O nome veio em homenagem ao bairro da Liberdade, centro da
colônia japonesa paulistana e primeira sede da editora, e também pelo momento
histórico do país, que caminhava para o fim da ditadura militar.
Desde o início, a
editora incorporou o interesse pela cultura nipo-brasileira, e a partir daí,
buscando na fonte, os autores japoneses em traduções diretas logo se tornaram
uma das principais linhas de abordagem editorial. O primeiro título publicado
foi A constituição inacabada, de Florestan Fernandes, e o que abriu a
série de autores japoneses foi Um relato
autobiográfico, de Akira Kurosawa.
O auge da empreitada filonipônica veio com a publicação do romance épico Musashi, de Eiji Yoshikawa, em 1998 — o livro de 1800 páginas tornou-se
best-seller no Brasil em festejada tradução de Leiko Gotoda.
Na figura do
diretor editorial Angel Bojadsen,
militamos para a criação da Libre
(Liga Brasileira de Editoras), em 2001, peça importante para a articulação
entre editoras independentes pequenas e médias e a preservação de seus espaços
de sobrevivência no atacado e varejo do livro.
Com muito
orgulho, mantemos contra ventos e marés uma total independência editorial e
empresarial, tendo a bibliodiversidade e a edição criativa como nossas
principais bandeiras. O catálogo da casa contempla livros de ficção e não
ficção de autores e autoras de cerca de 30 nacionalidades, compondo um panorama
das letras pelo mundo e refletindo uma visão cosmopolita e de confluência de
culturas, destacando na prática que quanto mais diversificado melhor fica.
A exemplificá-lo,
editamos a coleção Latitude, com
autores da francofonia (Argélia, Bélgica, Canadá, Costa do Marfim, Suíça, entre
outros). A coleção Figuras do Saber,
com monografias dedicadas a importantes nomes da filosofia e das ciências,
chega neste ano aos 40 títulos e por si só representa uma seleta contribuição à
disseminação cultural mais ampla — bom seria se essas obras circulassem
amplamente nas bibliotecas públicas e escolares de Santarém a Pelotas.
Nesta temporada
de aniversário, para dar embasamento aos lançamentos e consolidar a fidelização
de nosso público, iniciamos agora um calendário de eventos que se estenderá até
dezembro deste ano.
Desta forma, em 18 de maio, sábado, das 10 h às 17 h, a Estação Liberdade abre suas portas para
o público. O local do evento é a sede da editora, na Rua Dona Elisa, 116 - Barra Funda. A partir das 13 h, mesas de debate reunirão autores
e tradutores da casa para trocar ideias com os presentes.
Programação 2019
Quanto à safra de
livros programada, o lançamento mais recente da editora, Rússia: A reconstrução da arquitetura na União Soviética traz
textos do construtivista El Lissitzky
e prefácio de Paulo Mendes da Rocha.
Nossa edição é baseada em um dos raros exemplares existentes dessa obra
paradigmática de El Lissitzky,
publicada em 1929 e constituindo homenagem ao período utópico e deveras
criativo na esteira da Revolução Russa.
Também acabamos
de recolocar o iconoclasta Friedrich
Dürrenmatt nas estantes de nossas livrarias, com dois de seus grandes
textos, A promessa e A pane. No prelo, Justiça e A suspeita.
Kawabata-Mishima Correspondência 1945-1970,
a muito aguardada edição que reúne cartas trocadas entre Yasunari Kawabata e Yukio
Mishima, os dois gigantes japoneses, chega às livrarias neste mês de maio. Mas
também seguimos com a publicação de uma série de outros, um pouco mais antigos
ou bem contemporâneos: Jun'ichiro
Tanizaki, Kobo Abe, Yoko Ogawa, Sayaka Murata.
Também no prelo
está o Divã ocidento-oriental, de Johann Wolfgang von Goethe, nos 200
anos de sua publicação original. A edição, que requereu anos de pesquisa a cabo
do tradutor Daniel Martineschen,
marcará a estreia em português deste tour de force de prosa e de poesia,
verdadeira viagem iniciática em mais de um sentido.
Depois de termos
introduzido ou readmitido por aqui autores como André Gide, Heinrich Böll,
Hans Fallada, Yasunari Kawabata e outros, agora nos toca trazer à baila Antonio Tabucchi e sua profícua fusão
dos mundos italiano e português, tanto em inéditos quanto em reedições. A primeira
obra a ser publicada é o póstumo Para
Isabel. O vivo jogo de espelhos da ficção de Tabucchi era objeto de desejo da editora já há algum tempo, e agora
temos a responsabilidade de ser sua nova casa no Brasil.
Por fim, não
podemos nos tempos atuais ficar alheios a um embate um pouco mais político. Na
ficção, Victor Hugo, Richard Ford, e os já citados Fallada e Dürrenmatt, que, em bela convergência humanista, acertam as contas
em seus respectivos mundos ficcionais com as paródias de uma Justiça a serviço
dos mandantes de plantão, para além de ideologizações fáceis.
Ainda em toada
mais reflexiva sobre nosso tempo, no eixo da não ficção, traremos: A Grande Regressão, programado para
junho, com textos de pensadores referenciais como Bruno Latour, Nancy Fraser
e Slavoj Zizek e complemento
brasileiro assinado por Renato Janine
Ribeiro, sobre a onda nacional-populista que nos assola; O sangue de Emmett Till,
livro-reportagem de Tymothy B. Tyson
sobre o linchamento que foi um dos estopins do movimento dos direitos civis nos
Estados Unidos e fez com que o caso fosse reaberto.
Perseveramos com
o filósofo Peter Sloterdijk, que em Você precisa mudar sua vida apresenta
sua antropotécnica e em Os terríveis
filhos dos novos tempos diagnostica o mundo pós-globalização; Depois de Piketty, coletânea sobre os
desdobramentos teóricos e práticos das pesquisas do economista francês; Crashed, do historiador Adam Tooze, em um provocador, mas
sólido balanço dos 10 anos da crise econômica iniciada em 2008; Os 948 dias do gueto de Varsóvia, em
que Bruno Halioua narra a heroica
resistência polonesa às tropas nazistas; e o Diário tardio de Max Mannheimer, autor e pintor sobrevivente dos
campos de concentração fascistas.
Serviço
Comemoração: Editora Estação Liberdade, 30 anos!
Dia 18 de maio, sábado, das 10 h às 17 h
Endereço: Rua Dona Elisa, 116 - Barra Funda.
(entre as estações de metrô Marechal Deodoro e Barra
Funda)
13 h -14h30
Mesa: Tradução e intercâmbio cultural
com Leila de Aguiar Costa, Lica Hashimoto e Yun Jung Im
e mediação de Angel Bojadsen
15 h -16h30
Bate-papo: Leituras, lugares, Borges e um pouco de
Camus
com Júlio Pimentel Pinto e Manuel da Costa Pinto
narrar, descrever:
acompanhamento de projetos literários,
com bruno zeni
no rio de janeiro
poetas de dois mundos
#19,
com camila assad,
carlos orfeu,
pilar bu, wanda monteiro & cia.