16 de mai. de 2019

em belo horizonte
onde está sebastião nunes?


Onde está Sebastião Nunes? é a pergunta que orienta a série de atividades que serão realizadas no Espaço Cultural Escola de Design (UEMG). Formada pela participação de diversas pessoas que trabalharam ou conviveram com o poeta, "onde está?" é a ação de lançar um olhar para seu trânsito por diferentes lugares de atuação artística: poeta, editor, artista gráfico.

Ou, ainda, procurar os lugares onde o texto de Nunes habita, no espaço urbano entre Belo Horizonte e Sabará. Sem, contudo, esquecer de investigar os formatos e modos de produção habilmente empregados pelo astuto Tião. E finalmente, Onde está Sebastião Nunes? olha com a irreverência devida para o fato de que, objeto de um evento-tributo, o poeta se muda, sem aviso prévio, para Portugal.

:: exposição
A mostra Sebastião Nunes: Delirante Lucidez apresenta, no Espaço Cultural Escola de Design (UEMG), livros originais e uma análise das cinco décadas de produção impressa do artista mineiro. Com curadoria do autor e designer Gustavo Piqueira, a exibição foi realizada pela primeira vez na feira Miolo(s), na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, em novembro de 2018.

A mostra fica aberta para visitação até o dia 22 de junho. Nesse período, a série de eventos sob o mote "Onde está Sebastião Nunes?" ativa o espaço expositivo, buscando ampliar possibilidades de leitura da obra do poeta, contando com palestras, performances, oficinas etc. com convidados das mais diversas áreas artísticas e de pesquisa.

:: lançamento de livros
Os eventos iniciam-se no dia de 24 de maio, com a abertura da exibição e o lançamento de dois livros da editora Lote 42, de São Paulo: Um caso liquidado (memórias e desvarios de um poeta inacabado), de Sebastião Nunes e Sebastião Nunes: Delirante Lucidez, de Gustavo Piqueira.

:: abertura da exposição
24 de maio, 19 h
Espaço Cultural Escola de Design - UEMG
R. Gonçalves Dias, 1400 - Funcionários
24 de maio a 22 de junho
Visitação aberta: quarta a sábado de 14 h às 19 h
Para agendamentos em outros horários, ligar para 3439-6514 ou enviar email para ascom.design@uemg.br.




tremor,
de armando freitas filho &
luis matoso







em são paulo
algaravia!
com ricardo aleixo & seus pares de leitura:
curadoria tarso de melo








vozes versos:
caio meira, marcelo montenegro
e simone brantes


Tapera Taperá: Av. São Luís, 187 - 2º andar - loja 29- Galeria Metrópole




inpróprio:
a origem é um lugar seguro:
curadoria marcelo salles







o não ao manicômio:
fronteiras, estratégias e perigos,
de andré nader







estação liberdade:
30 anos!



Editora Estação Liberdade:
30 anos de explorações literárias e descobertas em humanas

Em 2019, a Editora Estação Liberdade chega a seu trigésimo ano de atividades no mercado editorial brasileiro. A editora surgiu a partir do Círculo do Livro, inicialmente um selo literário do grupo Ática-Scipione, que se tornou independente. O nome veio em homenagem ao bairro da Liberdade, centro da colônia japonesa paulistana e primeira sede da editora, e também pelo momento histórico do país, que caminhava para o fim da ditadura militar.

Desde o início, a editora incorporou o interesse pela cultura nipo-brasileira, e a partir daí, buscando na fonte, os autores japoneses em traduções diretas logo se tornaram uma das principais linhas de abordagem editorial. O primeiro título publicado foi A constituição inacabada, de Florestan Fernandes, e o que abriu a série de autores japoneses foi Um relato autobiográfico, de Akira Kurosawa. O auge da empreitada filonipônica veio com a publicação do romance épico Musashi, de Eiji Yoshikawa, em 1998 — o livro de 1800 páginas tornou-se best-seller no Brasil em festejada tradução de Leiko Gotoda.

Na figura do diretor editorial Angel Bojadsen, militamos para a criação da Libre (Liga Brasileira de Editoras), em 2001, peça importante para a articulação entre editoras independentes pequenas e médias e a preservação de seus espaços de sobrevivência no atacado e varejo do livro.

Com muito orgulho, mantemos contra ventos e marés uma total independência editorial e empresarial, tendo a bibliodiversidade e a edição criativa como nossas principais bandeiras. O catálogo da casa contempla livros de ficção e não ficção de autores e autoras de cerca de 30 nacionalidades, compondo um panorama das letras pelo mundo e refletindo uma visão cosmopolita e de confluência de culturas, destacando na prática que quanto mais diversificado melhor fica.

A exemplificá-lo, editamos a coleção Latitude, com autores da francofonia (Argélia, Bélgica, Canadá, Costa do Marfim, Suíça, entre outros). A coleção Figuras do Saber, com monografias dedicadas a importantes nomes da filosofia e das ciências, chega neste ano aos 40 títulos e por si só representa uma seleta contribuição à disseminação cultural mais ampla — bom seria se essas obras circulassem amplamente nas bibliotecas públicas e escolares de Santarém a Pelotas.

Nesta temporada de aniversário, para dar embasamento aos lançamentos e consolidar a fidelização de nosso público, iniciamos agora um calendário de eventos que se estenderá até dezembro deste ano.
Desta forma, em 18 de maio, sábado, das 10 h às 17 h, a Estação Liberdade abre suas portas para o público. O local do evento é a sede da editora, na Rua Dona Elisa, 116 - Barra Funda. A partir das 13 h, mesas de debate reunirão autores e tradutores da casa para trocar ideias com os presentes.


Programação 2019
Quanto à safra de livros programada, o lançamento mais recente da editora, Rússia: A reconstrução da arquitetura na União Soviética traz textos do construtivista El Lissitzky e prefácio de Paulo Mendes da Rocha. Nossa edição é baseada em um dos raros exemplares existentes dessa obra paradigmática de El Lissitzky, publicada em 1929 e constituindo homenagem ao período utópico e deveras criativo na esteira da Revolução Russa.

Também acabamos de recolocar o iconoclasta Friedrich Dürrenmatt nas estantes de nossas livrarias, com dois de seus grandes textos, A promessa e A pane. No prelo, Justiça e A suspeita.

Kawabata-Mishima Correspondência 1945-1970, a muito aguardada edição que reúne cartas trocadas entre Yasunari Kawabata e Yukio Mishima, os dois gigantes japoneses, chega às livrarias neste mês de maio. Mas também seguimos com a publicação de uma série de outros, um pouco mais antigos ou bem contemporâneos: Jun'ichiro Tanizaki, Kobo Abe, Yoko Ogawa, Sayaka Murata.

Também no prelo está o Divã ocidento-oriental, de Johann Wolfgang von Goethe, nos 200 anos de sua publicação original. A edição, que requereu anos de pesquisa a cabo do tradutor Daniel Martineschen, marcará a estreia em português deste tour de force de prosa e de poesia, verdadeira viagem iniciática em mais de um sentido.

Depois de termos introduzido ou readmitido por aqui autores como André Gide, Heinrich Böll, Hans Fallada, Yasunari Kawabata e outros, agora nos toca trazer à baila Antonio Tabucchi e sua profícua fusão dos mundos italiano e português, tanto em inéditos quanto em reedições. A primeira obra a ser publicada é o póstumo Para Isabel. O vivo jogo de espelhos da ficção de Tabucchi era objeto de desejo da editora já há algum tempo, e agora temos a responsabilidade de ser sua nova casa no Brasil.

Por fim, não podemos nos tempos atuais ficar alheios a um embate um pouco mais político. Na ficção, Victor Hugo, Richard Ford, e os já citados Fallada e Dürrenmatt, que, em bela convergência humanista, acertam as contas em seus respectivos mundos ficcionais com as paródias de uma Justiça a serviço dos mandantes de plantão, para além de ideologizações fáceis.

Ainda em toada mais reflexiva sobre nosso tempo, no eixo da não ficção, traremos: A Grande Regressão, programado para junho, com textos de pensadores referenciais como Bruno Latour, Nancy Fraser e Slavoj Zizek e complemento brasileiro assinado por Renato Janine Ribeiro, sobre a onda nacional-populista que nos assola; O sangue de Emmett Till, livro-reportagem de Tymothy B. Tyson sobre o linchamento que foi um dos estopins do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos e fez com que o caso fosse reaberto.

Perseveramos com o filósofo Peter Sloterdijk, que em Você precisa mudar sua vida apresenta sua antropotécnica e em Os terríveis filhos dos novos tempos diagnostica o mundo pós-globalização; Depois de Piketty, coletânea sobre os desdobramentos teóricos e práticos das pesquisas do economista francês; Crashed, do historiador Adam Tooze, em um provocador, mas sólido balanço dos 10 anos da crise econômica iniciada em 2008; Os 948 dias do gueto de Varsóvia, em que Bruno Halioua narra a heroica resistência polonesa às tropas nazistas; e o Diário tardio de Max Mannheimer, autor e pintor sobrevivente dos campos de concentração fascistas.


Serviço
Comemoração: Editora Estação Liberdade, 30 anos!
Dia 18 de maio, sábado, das 10 h às 17 h
Endereço: Rua Dona Elisa, 116 - Barra Funda.
(entre as estações de metrô Marechal Deodoro e Barra Funda)
13 h -14h30
Mesa: Tradução e intercâmbio cultural
com Leila de Aguiar Costa, Lica Hashimoto e Yun Jung Im e mediação de Angel Bojadsen      
15 h -16h30
Bate-papo: Leituras, lugares, Borges e um pouco de Camus
com Júlio Pimentel Pinto e Manuel da Costa Pinto




narrar, descrever:
acompanhamento de projetos literários,
com bruno zeni







no rio de janeiro
poetas de dois mundos #19,
com camila assad, carlos orfeu,
pilar bu, wanda monteiro & cia.