em paraty
armadilha para ana cristina
e outros textos sobre poesia
contemporânea, de sérgio
alcides
Armadilha para Ana Cristina e outros textos sobre
poesia contemporânea é um livro de ensaios, artigos e
resenhas acerca de alguns dos nomes mais destacados da poesia brasileira dos
anos 1970 para cá. O carro-chefe é um provocativo balanço da recepção crítica
da obra de Ana Cristina Cesar,
dentro e fora da academia.
Na sequência, o
autor aborda uma série de títulos fundamentais de Sebastião Uchoa Leite, Francisco
Alvim e Armando Freitas Filho.
Um ensaio mais extenso interroga as relações entre a poesia e a pintura, a
partir de poemas de Donizete Galvão,
recentemente falecido e ainda pouco estudado.
Mais pioneiros
ainda são os textos seguintes, que foram os primeiros a ser escritos sobre
poetas bem mais recentes, como Ronald
Polito, Pádua Fernandes e Diniz Gonçalves Júnior, nos quais o
crítico se arrisca a lidar com a imediatez da cena poética. Esse "olho
crítico" (na expressão do autor) evita o discurso acadêmico e prefere
dirigir-se aos leitores de poesia em geral, não a especialistas.
picareta
cultural 2016
+ haicai combat
SOBRAS COMPLETAS, de Jovino Machado, no sarau mais
tradicional da Festa Literária de Paraty.
HABEMUS
PICARETA!
Poesia, música e
cachaça. É isso que o povo ama, é isso que o povo quer. A Picareta Cultural
chega chegando em mais uma edição especial da OFF Flip.
Um dos saraus
mais tradicionais da Festa Literária de Paraty, com 9 anos de (r)existência e
lirismo aos vivos.
Tem Balalaica, Chacal, Mano Melo, Jovino Machado, Allan Jonnes. Tem Matheus
José Mineiro, Vera K., Diego Moraes, Dimitri BR, Felipe Arco,
Allan Dias Castro, Domingos Oliveira, Marcos Bassini e Yassu
Noguchi. Tem Emerson Alcalde, Rafa Carvalho, Walacy Neto, Marcio
Junqueira, Flávio de Araújo, Rafael Sallati, Eduardo Lacerda, Gringo
Carioca, eu e você (você e eu).
Tem amor e pomba
gira. Tem contato imediato de terceiro grau e pirofagia. Tem gente de todo
canto. Tem mais uma edição imperdível do Haicai Combat. Tem até o que Deus
duvida. Resumindo: é o melhor que nós temos.
Programe-se! Sábado, 2 de julho, às 20h, atrás da
Igreja da Matriz (em caso de chuva, o evento será realizado no Paço Municipal,
ao lado da Igreja do Rosário).
em curitiba
[convergências]
a poesia visual de tchello
d'barros
no rio de janeiro
a casa e o mundo lá fora — cartas de paulo freire
para nathercinha,
de natercia lacerda
ilustrações de bruna assis
brasil
Paulo Freire e a arqueologia da ternura
Livro
resgata cartas inéditas do autor de Pedagogia
do Oprimido,
enquanto
desenha memórias dos anos de chumbo pelo olhar singelo de uma menina
LANÇAMENTO NO DIA 02 DE JULHO, SÁBADO, NO INSTITUTO
PRÓ-SABER, NO RIO, DAS 16 ÀS 19H
Na
ocasião, a autora e as pesquisadoras receberão convidados para conversas e
leitura das cartas
Outono de 1967. Paulo Freire, o mais reconhecido
educador do país, está exilado com sua família no Chile. Entre afazeres
intelectuais, projetos e viagens, permite-se uma brecha para registrar um tipo
inusitado de alegria: a descoberta da neve. Como uma criança, descreve os
flocos brancos a lhe restituírem a curiosidade e a surpresa. "A neve
caindo parecia poeira no céu. E eu me senti menino de novo". Sua
interlocutora — a destinatária que, no outro lado do continente, leria essa
mensagem, alguns dias depois — nunca havia visto um inverno rigoroso. Pudera:
na época, não tinha mais do que 9 anos. Era, nas palavras do próprio Freire, sua amiga "mais moça".
Entre 1967 e
1969, o pedagogo trocou correspondência com Nathercia Lacerda, a Nathercinha,
sua prima de segundo grau. Décadas depois, A
casa e o mundo lá fora — Cartas de Paulo Freire para Nathercinha resgata
não apenas o teor dessas missivas, como também elabora uma tocante viagem pela
genealogia da família e pelas memórias de uma infância marcada pela ternura.
Árduo defensor do
conhecimento como arma para a autonomia, Freire
elaborou seu diálogo com Nathercinha baseado
no zelo, na ternura e nas saudades do lar. Busca lhe atiçar a curiosidade ao
descrever as belezas e problemas de um país estrangeiro. Ao mesmo tempo,
aconselha: que a menina nunca perca a graça da infância. "Vocês vão ver
que a gente nunca para de estudar. Há sempre muita coisa para a gente aprender,
mas a vida não pode ser só estudo. A gente também precisa brincar. Até quando a
gente já está grande, como mamãe, papai, como eu que já estou ficando de barba
branca, a gente precisa brincar", recomenda, numa das cartas.
Por tudo isso, A casa e o mundo lá fora – Cartas de Paulo
Freire para Nathercinha é, antes de mais nada, uma declaração de amor e de
respeito ao poder da infância. Foi construído como uma espécie de mapa do
tesouro, cheio de pistas sobre as direções que levam às saborosas sensações da
meninice. Além das cartas de Paulo
Freire — preservadas na caligrafia original, inclusive —, o livro reúne
fotografias de família, relatos e lembranças, num caprichado projeto gráfico,
de ares retrô. E também uma carta de Madalena
Freire, filha de Paulo Freire e
também educadora. Narra a efervescência da casa da família, na Urca. E mostra
como os anos de chumbo, com toda a sua opressão e obscurantismo, foram vistos
pelo olhar inocente de uma menina.
Baseado em
cuidadoso trabalho de pesquisa e erigido com delicadeza contundente, A casa e o mundo lá fora – Cartas de Paulo
Freire para Nathercinha dá notícias de um tempo em que as relações afetivas
se preservavam e cresciam na cadência acolhedora do papel — ou do jardim de
casa. Uma época repleta de contradições, mas, também, de adoráveis surpresas.
Como a sensação da neve caindo sobre os ombros. Como o envelope recém-chegado
na caixa do correio.
TRECHO
Santiago está uma
beleza nesta época, somente que muito quente. E como já estou acostumado com o
frio do inverno, sinto muito calor.
Hoje é sábado. Um
dia lindo de primavera. Um céu azul. Tudo claro, com um sol mansinho, que quase
deixa a gente olhar pra êle. A cidade está ficando cheia de flores, de tôdas as
côres. O jardim de nossa casa azul está com a grama toda verdinha. As roseiras
começam a abrir suas rosas. A gente olha pras roseiras e parecem gente rindo.
Meninos rindo, com a pureza do riso das crianças. Se os homens grandes, as
pessoas grandes pudessem ou quisessem rir como as roseiras, como as crianças,
não lhe parece que o mundo seria uma coisa linda? Mas eu acredito que um dia,
com o esfôrço do próprio homem, o mundo, a vida vão deixar que as pessoas
grandes possam rir como as crianças. Mais ainda — e isto é muito importante —
vão deixar que tôdas as crianças possam rir. Porque hoje não são tôdas as que
podem rir. Rir não é só abrir ou entreabrir os lábios e mostrar os dentes. É
expressar uma alegria de viver, uma vontade de fazer coisas, de trasnsformar o
mundo, de amar o mundo e os homens, sòmente como se pode amar a Deus.
Hoje é sábado,
uma beleza de dia. Deixei por um momento o estudo de um livro novo que estou
escrevendo, para conversar um pouquinho com você, minha amiga mais môça.
Paulo Freire, em carta de
outubro de 1967.
AS AUTORAS
Nathercia Lacerda estudou
psicologia e arte-educação. Tem se dedicado à infância, trabalhando com
brinquedos, brincadeiras, literatura, artes plásticas, teatro. Hoje faz parte
da equipe do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a
Infância/PUC-Rio.
Ilustradora, Bruna Assis Brasil é formada em
jornalismo e design gráfico. Hoje, é pós-graduada em ilustração criativa pela
Escola de Disseny i Art de Barcelona e tem dezenas de livros publicados. Em
2012, recebeu o prêmio 30 Melhores Livros Infantis do Ano, da revista Crescer.
Em 2013, foi indicada ao Prêmio Jabuti, na categoria Ilustração. Em 2015,
ilustrou o livro vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura, na categoria "Melhor
Livro Infantil". Conheça outros trabalhos da ilustradora no seu site www.brunaassisbrasil.com.br.
AS PESQUISADORAS
Cristina Laclette Porto
estudou história, educação e psicologia. Atua com Denise Gusmão na formação de
professores de educação infantil no Pró-Saber e na PUC-Rio, discutindo,
principalmente, os seguintes temas: brincadeira, brinquedo, brinquedoteca,
infância, memória, fotografia, metodologia de pesquisa e cultura contemporânea.
Convive com Nathercia no Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a
Infância/PUC-Rio.
Denise Sampaio Gusmão estudou
psicologia e educação. Tem grande interesse na interface entre psicologia,
educação e cultura assim como em pesquisas envolvendo o tema da memória social
e coletiva. Trabalha com Cristina
Laclette Porto na formação de professores no Pró-Saber e na PUC-Rio, onde os
temas da narrativa, experiência, fotografia, memória e delicadeza se
entrelaçam.
Título: A casa e o mundo lá fora – Cartas de Paulo
Freire para Nathercinha
Escritora: Nathercia Lacerda
Ilustradora: Bruna Assis Brasil
Pesquisadoras: Cristina Laclette Porto e Denise Sampaio
Gusmão
Público-alvo: a partir de 8 anos
Páginas: 88
ISBN: 978-85-7933-099-5
Preço: R$47,90
Dimensões: 18x23cm
SERVIÇO LANÇAMENTO
Data: dia 02 de julho, sábado
Horário: das 16 às 19h
Local: Instituto Pró-Saber
End.: Largo dos Leões, 70 – Humaitá, Rio de Janeiro
Tel.: (21) 2266-7440 | 2537-6778
Assessoria de imprensa:
Nanda Dias e Nani Santoro
nandadias15@uol.com.br – (21) 2490-5354 | 99764-0655
nanisantoro@uol.com.br – (21) 3324-5200 | 99855-1939
em são paulo
o mar e o búzio,
de bruno palma
em viçosa
o poema como ofício,
palestra de ronaldo werneck
na feira do livro de viçosa
Ronaldo Werneck participa das
comemorações do Centenário do Colégio
Nossa Senhora do Carmo como convidado especial das Irmãs Carmelitas, com
lançamento de o mar de outrora &
poemas de agora na Feira do Livro, acompanhado da projeção de seu filme o mar-em-mim. Na sequência, faz uma palestra intitulada "O
poema como ofício".
em varginha
alçapão,
de andré ladeia
fliv
2ª. feira literária de varginha
Mais informações: www.facebook.com/events/297733617233329